Especializados em garimpar ideias que podem virar negócios bilionários, os fundos de venture capital sempre buscaram recursos no exterior para investir nas startups brasileiras. Mas esse movimento começa a mudar. Com a queda da taxa de juros, famílias endinheiradas têm buscado novas alternativas para remunerar suas fortunas, e os fundos estão nesse caminho.

Embora alguns invistam diretamente nas empresas, a maioria prefere entrar num fundo e diluir os riscos. Com maior apetite ao risco, essas carteiras investem quantias entre R$ 100 mil e R$ 300 milhões em várias empresas ao mesmo tempo. Eles sabem que a maior parte delas vai ficar pelo meio do caminho, mas aquelas que “vingarem” vão compensar os fracassos. A venda da 99 para a chinesa Didi, por exemplo, rendeu a investidores retorno 60 vezes o montante aplicado. O valor do negócio foi de quase US$ 1 bilhão.

“O que tem ocorrido nesse mercado é como jogar na Mega Sena quando o valor está alto. Quanto mais unicórnios aparecem, mais os investidores se interessam”, afirma o sócio e chefe do XP Private, Beny Podlubny. A taxa de juros mais baixa é o pontapé para esse movimento, mas o fator psicológico também conta. Ninguém quer ficar fora dessa onda que está no mundo inteiro. “O fato é que apesar da euforia esse mercado veio para ficar e tem muito para crescer no Brasil”, diz o executivo.

Exemplo disso, está na proliferação dos fundos de venture capital. Só no ano passado, eles investiram US$ 1,3 bilhão no Brasil: volume 51% superior ao de 2017, segundo dados da Associação Latino-americana de Private Equity e Venture Capital (Lavca, na sigla em inglês). Nos Estados Unidos, Israel e China, esse mercado está muito mais avançado….. Estadao Leia mais em msn 12/07/2019