O mercado brasileiro de fusões & aquisições em abril de 2021 continua vigoroso.

• Os setores de Tecnologia da Informação, Instituições Financeiras e Outros foram os mais ativos e os investidores nacionais predominaram.
• No mês de abril foram realizadas 154 transações, queda de 3,1%, em relação ao mês anterior e investimento de R$ 79,8 bilhões. Se comparado com o mesmo mês do ano anterior, o crescimento foi de 202,0% no volume e de 1.483,6% nos investimentos.
• No ano, com 517 operações e investimentos de R$ 234,7 bilhões, representa crescimento 96,6% no volume e de 181,4% no valor, em relação ao mesmo período do ano passado.
• Crescimento de 36,1% do acumulado dos últimos doze meses, 1.405 operações, comparado com o acumulado de um ano atrás.
• Os investimentos realizados nas operações de porte entre R$ 50,0 e 500,0 milhões foram os que apresentaram o menor crescimento, de 87,1%. E os investimentos nos negócios entre R$ 500 milhões e R$ 1,0 bilhão foram os que mais cresceram, 170,0%
• Valor médio das transações no acumulado do ano registra crescimento de 43,2% em relação ao mesmo período do ano passado.
• Predomínio dos Investidores Estratégicos com crescimento de 96,4% no volume em relação ao acumulado do ano passado e crescimento de 227,4% nos investimentos.
• Os investidores Financeiros registraram aumento de 96,9% no volume e crescimento de 128,8% no montante dos investimentos no acumulado do ano.
• Investidores Nacionais com maior apetite no acumulado do ano, registraram 429 negócios, um crescimento de 106,3%, e o montante de R$ 188,7 bilhões, aumento de 201,6% .
• No ano os Investidores Estrangeiros registraram 88 negócios, um crescimento de 60,0%, e aumento de 120,8% no valor dos investimentos.
• Foram mapeados 22 negócios realizados por investidores de 10 países. Os EUA, com 6 operações e investimento da ordem de R$ 1,8 bilhão foi o de maior apetite.
• Maiores transações do mês de abril/2021: (i) Aegea e Iguá vencem disputa por ativos da Cedae; leilão movimenta R$ 22,7 bi. Consórcio Aegea Bloco 4 com oferta de R$ 7,2 bi + Consórcio Iguá Bloco 2  com oferta de R$ 7,3 bilhões + Consórcio da Aegea bloco 1 com lance de R$8,2 bi; (ii) Caixa Seguridade capta R$ 5 bi em IPO com recorde de varejo; (iii) BTG firma acordo para comprar participação da Caixa no Banco Pan por R$ 3,7 bi

Operações de Fusões e Aquisições divulgadas com destaque pela imprensa brasileira no decorrer do mês de ABRIL de 2021.

ANÁLISE DO MÊS

 Redução do grau de concentração setorial

Os 5 setores mais ativos – TOP 5 – responderam no mês de abril/21 por 62,3% do total das operações, contra 80,4% no mesmo mês do ano passado, representando um aumento do número de setores participando do processo de M&A.

Queda de 3,1% do número de operações em relação ao mês anterior.

Foram divulgadas com destaque pela imprensa no mês de abril 154 transações em 22 setores da economia brasileira, registrando uma queda de 3,1% em relação ao mês anterior ( 159 operações).

Confrontando com o mesmo mês do ano anterior, constata-se um crescimento de 202,0%, quando foram apuradas 51 negócios.

Evolução nos últimos 5 anos

No acumulado do primeiro quadrimestre de 2021, apuradas 517 operações, registra um crescimento de 96,6% se confrontado com igual período de 2020, quando foram realizadas 263 operações

Maiores apetites x maiores quedas.

Setores mais representativos no primeiro quadrimestre. No gráfico dos setores mais ativos no acumulado do corrente ano, além de TI, destacam-se Instituições Financeiras e Outros.

No acumulado do ano o segmento com maior crescimento no número de transações em relação o mesmo período do ano passado foi o de TI, com um aumento de 135 operações, seguido por Instituições Financeiras e Outros.

Os setores que apresentaram maiores quedas no nº de transações no acumulado do ano, em relação ao mesmo período do ano passado, foram Imobiliário, Hotéis e Restaurantes e Shopping Centers, com redução de 11, 4 e 3 respectivamente.

Crescimento do acumulado do volume de transações dos últimos doze meses.

Crescimento constante no acumulado do número de transações. Por conta do Covid-19, que estabeleceu incertezas e pessimismos durante os meses de março e abril/20, permitiu a retomada do crescimento do número de transações já em jun/20, de forma regular e significativa.

Abril/21 registra crescimento de 7,9% do número de transações de M&A acumuladas nos últimos doze meses, com 1.405 operações, comparativamente com o mesmo período do mês anterior. Já em relação ao mesmo período acumulado do ano anterior – abr/20, o aumento é de 36,1%.

No gráfico do acumulado, pode-se inferir ciclos distintos de crescimento e queda do número de transações. Destacam-se prováveis fatores que mais estão repercutindo nas expectativas de investimentos. Há um ano atrás, março foi marcado como o início da pandemia no Brasil. Os indicadores um ano depois – em março/21, alcançaram números impressionantes de contágios e mortes. Integra também o gráfico, (i) a evolução da série histórica do índice BOVESPA (desempenho das ações negociadas na B3), no mesmo período, e (ii) a evolução da taxa de câmbio.

O primeiro quadrimestre do ano foi marcado pela intensificação da pandemia.

Porte das transações

Das 154 transações apuradas no mês, 80 são de porte até R$ 49,9 milhões – 51,9 % do total e responderam por 1,5 % do seu valor. No acumulado do ano, para este mesmo porte de operações, registraram-se 306 transações representando 59,2% do total e 1,7% do valor. E impacta um crescimento de 91,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O volume de transações acumuladas no ano, de porte entre R$ 500 milhões a R$ 1,0 bilhão, foi o que mais cresceu em número de operações 170,0%.

Crescimento no mês de 1.483,6% do montante dos investimentos em relação ao mesmo mês anterior do ano anterior

Quanto aos montantes dos negócios realizados no mês, estima-se o total de R$ 79,8 bilhões, com um crescimento de 1.483,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior – considerando Valores Divulgados (90,9%) e Não Divulgados/Estimados (9,1%). Em relação ao mês anterior, verifica-se um crescimento de 159,8% quando atingiu o montante de R$ 30,7 bilhões.

Crescimento de 181,4% do montante dos investimentos no acumulado do ano.
Quanto aos montantes dos negócios realizados no acumulado do ano estima-se o total de R$ 234,7 bilhões, representando um crescimento 181,4% em relação ao mesmo período de 2020.

Os investimentos realizados nas operações de porte superior a R$ 1,0 bilhão foram os que apresentaram o maior crescimento, de 204,2%, seguido pelos investimentos nos negócios de porte entre R$ 500 milhões e R$ 1,0 bilhão, que cresceram, 198,4%

Valor médio das transações no acumulado do ano registra crescimento de 43,2% em relação ao mesmo período do ano passado. O valor médio das transações realizadas no acumulado do ano alcançou R$ 454,0 milhões, contra R$ 317,2 milhões no mesmo período de 2020, representando um crescimento de 43,2%.

O valor médio do acumulado do ano das transações de porte de R$ 50,0 a  R$ 500,0 milhões, foi o único que apresentou queda.

Predomínio dos Investidores Estratégicos

cresceram 96,4% no volume em relação ao acumulado do ano passado e de 227,4% nos investimentos – O maior apetite neste mês ficou por conta dos investidores Estratégicos com 103 operações (66,9%), e responderam por 63,9 % dos montantes investidos. No acumulado do ano, os Estratégicos, com 326 operações tiveram crescimento de 96,4% em relação ao ano passado. Responderam por 63,1% dos negócios e 62,1% dos investimentos, no montante de R$ 145,8 bilhões, o que significa um crescimento de 227,4%% em relação ao mesmo período do ano de 2020.

Os investidores Financeiros cresceram 96,9% no volume e de 128,8% no montante dos investimentos no acumulado do ano. Realizaram 51 operações no mês de abril num montante de R$ 28,8 bilhões. No acumulado do ano os investidores financeiros alcançaram 191 operações – crescimento de 96,9% – correspondendo a 36,9% dos negócios e 46,6% dos investimentos, no valor de R$ 88,8 bilhões, representando um crescimento de 128,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Investidores Nacionais com maior apetite

Investidores Nacionais com maior apetite no acumulado do ano, crescimento tanto no volume, de 106,3%, como no montante, de 201,6% . Os investidores de Capital Nacional foram responsáveis no mês por 132 operações, 85,7%, e investimento da ordem de R$ 74,2 bilhões, correspondendo a 92,9% do total. No acumulado do ano, os nacionais foram responsáveis por 429 operações – crescimento de 106,3% em relação ao ano anterior, e responderam por 83,0% das operações. O investimento foi da ordem de R$ 188,7 bilhões, o equivalente a 80,4% do total, correspondendo a um crescimento de 201,6 % em relação ao mesmo período do ano anterior.

No ano os Investidores Estrangeiros registraram crescimento de 60,0% no volume de transações e 120,8% no valor dos investimentos. Os investidores de Capital Estrangeiro realizaram no mês, 22 operações – 14,3% do total, no montante de R$ 5,7 bilhões – 7,1% do total. No acumulado do ano, os Estrangeiros com 88 operações registraram um crescimento de 60,0% – responderam por 17,0% dos negócios. Os investimentos alcançaram o montante de R$ 46,0 bilhões (19,6%), o que significa um crescimento de 120,8% em relação ao mesmo período do ano de 2020. Importante mencionar que as informações disponíveis sobre os investimentos em relação aos IPOs, na B3, são tratados como de capitais nacionais na data da divulgacão deste relatório. Quanto a aportes de investimentos conjuntos de vários fundos de Private Equity, considera-se a nacionalidade do líder do bloco.

No mês de abril/21, foram mapeados 22 negócios realizados por investidores de 10 países.

Os EUA com 6 operações foram os de maior apetite estrangeiro no mês e um investimento estimado em R$ 1,8 bilhão.

Maiores transações do mês de abril/2021

• Aegea e Iguá vencem disputa por ativos da Cedae; leilão movimenta R$ 22,7 bi. Consórcio Aegea fica com Bloco 4 do leilão da Cedae com oferta de R$ 7,2 bi + Consórcio Iguá fica com Bloco 2 do leilão da Cedae com oferta de R$ 7,3 bilhões + Consórcio da Aegea leva leilão de bloco 1 da Cedae com lance de R$8,2 bi
• Caixa Seguridade capta R$ 5 bi em IPO com recorde de varejo Pessoas físicas ficaram com 55% do volume, o que ajudou a evitar desconto Empurrada pela participação recorde do varejo, a Caixa Seguridade captou R$ 5 bilhões em sua oferta inicial de ações, concluída ontem. Com isso, tornou-se o segundo maior IPO do ano até agora, atrás da CSN Mineração.
• BTG firma acordo para comprar participação da Caixa no Banco Pan por R$ 3,7 bi O acordo transforma o BTG no único controlador do Pan.

QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ

A pesquisa FUSÕES E AQUISIÇÕES – DESTAQUES DO MÊS tem o propósito de captar o “clima” do mercado das operações de Fusões e Aquisições bem como sinalizar suas principais tendências. Trata-se da compilacão semanal das notícias visando tornar mais acessíveis e conhecidos os negócios de fusão, aquisição e venda realizados entre empresas com atuação no Brasil. Todas as informações sobre os negócios citados no presente relatório são obtidas a partir de notícias publicadas pela imprensa e divulgadas no “estado” pelo PORTAL FUSÕES & AQUISIÇÕES http://fusoesaquisicoes.com, não sendo feita qualquer verificação quanto à sua veracidade, precisão ou integridade do conteúdo. Sempre que possível, serão mencionados os nomes dos compradores – investidor estratégico ou fundos de private equity, dos vendedores, a tese de investimento e principais “value drivers”, o valor da transação, forma de pagamento, múltiplos praticados (Valor da Empresa/EBITDA, Valor da Empresa/Receita) etc. Muitas vezes a notícia não é clara a respeito dos valores/forma de pagamentos e respectivos múltiplos. É bem-vinda toda e qualquer contribuição para tornar as informações mais precisas e transparentes. Eventualmente podem ocorrer alterações nos dados estatísticos em razão de notícias mais recentes sobre detalhes da transação. Caso o conteúdo estiver em desacordo, nos contate que estaremos retirando o mesmo ou corrigindo a respectiva informação. PORTAL FUSÕES & AQUISIÇÕES.