Está surgindo um novo profissional no mercado: o gestor do conhecimento. Assim como, há 50 anos, o marketing iniciou sua jornada para alavancar os negócios e, hoje, tornou-se uma das áreas imprescindíveis para o bom desempenho das organizações, na Era da Informação, o capital intelectual passa a ser vital para as empresas.

O novo executivo terá como missão capturar, organizar e reter esse conhecimento acumulado pelos indivíduos que fazem parte da instituição. Mas, de que forma compartilhar internamente esse conhecimento, como obter a colaboração para novos conteúdos e ideais sobre o assunto? O que deve ser protegido, o que deve ser disseminado publicamente? Estes são os desafios do gestor do conhecimento.
Claro, que esse conhecimento tem que estar alinhado às diretrizes dos negócios, as ferramentas para a execução do ciclo do conhecimento são inúmeras, por isso cada empresa adota estratégias diferentes para consolidar essa nova função.

Kátia Werneck, gestora do conhecimento na Sub Sea 7, diz que esse novo profissional deve ser multidisciplinar. “Em primeiro lugar, ele deve ser um bom conversador. A conversa é uma ferramenta poderosa para a gestão do conhecimento. Quanto à formação, ele pode ser de qualquer área, depende do que a empresa faz. A qualificação para esse cargo é muito ampla. Ele deve ser um facilitador da prática de aprender, identificando, promovendo, dando suporte às redes, sugerindo melhorias no processo.”

Já para João Brasil Leite, diretor da Avibras, o Brasil sofre de um apagão de talentos na indústria aeronáutica. Segundo ele, o setor está convivendo atualmente com o envelhecimento da carreira profissional. “Os engenheiros mais jovens estão indo para os bancos”, supõe. “As empresas precisam do gestor do conhecimento para identificar e reter novos capitais intelectuais nessa área”, recomenda.

Segundo Leite, são competências requeridas para a nova profissão: aprender a moderar equipes multidisciplinares; ser capaz de administrar e liderar para cima; entender coisas “alienígenas”, ou seja, além do que acontece ao redor; ter convívio direto e pessoal nos pontos quentes, nos quais o conhecimento está acontecendo; ter facilidade de acesso à geração Y; conhecer os processos reais, saber como esses evoluem e porquê; e, principlamente, ter uma visão sistêmica do negócio.
Na conclusão dos dois palestrantes e dos congressistas do KM Brasil 2011, logo mais deverá haver descrições formais para o cargo, que passará a fazer parte do quadro profissional da empresas.
Fonte:PortalMaxpress08/10/2011