Especializado em gestão de resíduos, o grupo Ambipar fez sua quarta aquisição neste ano e passa a controlar o grupo Suatrans — que atua no mesmo segmento. Com isso, o grupo também intensifica sua atuação no mercado internacional, já que a companhia adquirida atua também no Chile e na Argentina.

A Suatrans tem faturamento aproximado de R$ 40 milhões com serviços ambientais — entre eles o atendimento emergencial envolvendo acidentes com produtos químicos, poluentes e no combate a incêndios.

A compra não envolveu transações em dinheiro, mas sim troca de ações. O presidente da Suatrans, Giuliano Borlenghi, reduziu sua participação na empresa de 100% para 49%. O grupo Ambipar toma os 51% restantes. Em troca, o Ambipar cede a Borlenghi 49% de duas empresas — SOS Cotec e Planeta Ambiental.

Segundo Borlenghi, no ano que vem a empresa planeja investir num centro de treinamento de 150 mil metros quadrados em Paulínia. O custo previsto é de R$ 20 milhões para o ano que vem e a expectativa é que o projeto entre em operação em março.

Novas aquisições

O presidente do conselho de administração e diretor financeiro do grupo Ambipar, André Luiz Oda, conta que a empresa prossegue as aquisições não irão parar. “Se fizer sentido para a empresa, vamos fazer”, diz. Ele conta que o objetivo de profissionalizar a gestão permanece. Para isso, pretende alcançar um nível de estrutura de governança corporativa semelhante aos exigidos pela BM&FBovespa. “Com essa mudança, queremos fazer com que investidores se sintam mais atraídos pelo grupo”, resume.

A procura por um investidor estratégico permanece. “Temos conversas com alguns possíveis investidores, mas ainda nenhum protocolo de intenções, por exemplo”, diz. Um futuro IPO ainda continua nos planos, mesmo que ainda distante.

Neste ano, o grupo comprou outras três empresas: Bioland, SOS Cotec e Descarte Certo — que atuam nos segmentos de compostagem de resíduos, atendimento a emergências e de gestão de lixo eletrônico, respectivamente.

Com a compra, o grupo tem participação em 15 empresas. Para Oda, a pulverização do portfólio não é um problema. “As empresas se complementam. Há sinergia”, defende. Por Fábio Pupo
Fonte:Valor06/12/2011