Companhia especializada em delivery de comida acelerou crescimento na pandemia

O grupo carioca Rão, especializado em delivery de refeições, planeja fechar o ano com R$ 160 milhões de faturamento, o que representa uma alta de 39,1% frente aos R$ 115 milhões registrados no ano passado. A empresa, que hoje tem 100 lojas em funcionamento no Rio, onde planeja abrir mais 50, volta a atenção agora para o mercado de São Paulo, onde atua com duas lojas de conveniência e cinco de comida japonesa e planeja chegar a 60 unidades em dois anos.

O CEO do grupo, Guilherme Lemos, diz que o faturamento já vinha aumentando mesmo antes da pandemia, mas a chegada da covid-19 e as consequentes restrições de mobilidade mostraram que a empresa estava bem posicionada para fazer frente ao aumento da demanda por entrega de refeições.

“A pandemia acelerou um hábito. Quando houve a enxurrada de demanda, o Grupo Rão estava pronto, porque éramos exclusivos de delivery”, diz Lemos, irmão do fundador do grupo, Henrique.

O Rão – o nome que batiza a empresa era o apelido de um antigo funcionário – agora quer expandir em São Paulo da mesma forma que cresceu no Rio. O objetivo é que o mercado paulista supere o carioca em breve.

“O tíquete médio de São Paulo é maior. Possivelmente em 2 anos, com 60 unidades, São Paulo vai bater próximo do faturamento do Rio. Hoje o Rio tem de R$ 12 milhões a R$ 15 milhões por mês e São Paulo deve bater isso em dois ou três anos”, afirma Lemos.

Além do Rio e São Paulo, a empresa opera em Minas Gerais e em Portugal, onde tem três lojas.

Depois de nascer baseado no delivery de comida japonesa com o Sushi Rão, que ainda hoje representa 50% do faturamento do grupo, o Rão entrou em 2018 no delivery de pizzas e a partir daí não parou de diversificar. Hoje são 12 marcas debaixo da holding controladora, de hamburgueria a sorveteria, sempre com foco na entrega. Há ainda a Pasta do Rão e a Rão Pet, que chegarão ao mercado ainda em 2021.

“Em 2018, a gente percebeu que a gente não era bom em delivery japonês. A gente era bom em delivery”, ressalta Lemos, lembrando que nesse processo, as marcas de sorvetes, comida mexicana, hortifruti e conveniência foram absorvidas por meio de aquisições.

O foco para este ano está na atração de novos investidores. A empresa contratou a KPMG para prospectar um investidor disposto a comprar até 25% do negócio, em uma rodada que avalie o grupo em R$ 300 milhões. “A ideia de fazer um IPO [Oferta Pública Inicial de Ações] dentro de cinco a sete anos também existe”, diz Lemos.

O grupo fechou ainda uma parceria com o BTG Pactual para garantir crédito aos seus franqueados. Para tanto, foi criado um banco digital, o RãoBank, que oferece aos franqueados uma linha de crédito de R$ 10 mil a R$ 1 milhão e antecipações de recebíveis. A ideia é negociar ainda outras ferramentas, como um cartão de crédito e programa de “cashback”.– valor econômico Leia mais em clippingdotblog 30/06/2021