A GVAngels está de olho no mercado internacional. Desde o começo do ano, o grupo formado por mais de 300 alunos e ex-alunos da Fundação Getulio Vargas realizou dois investimentos em startups fundadas fora do Brasil.

Desta forma, a gestora iguala o número de aportes feitos no exterior desde sua fundação, em 2017. Agora, a meta é fazer até sete investimentos no exterior até o fim deste ano. “Não tínhamos, dentro da estratégia de longo prazo, um plano de internacionalização. Mas isso mudou”, diz Wlado Teixeira, diretor-executivo da GVAngels, ao NeoFeed.

As novas startups na carteira da GVAngels são a britânica Palqee, que desenvolveu um software para facilitar a adequação de empresas às normas de segurança de dados; e a canadense Boundless Life, que oferece um serviço de intercâmbio para famílias que inclui moradia, coworking e educação infantil.

Assim como nos investimentos realizados até o fim do ano passado, com as empresas Game Safer e DragApp, as duas novas startups no portfólio da GVAngels também contam com pelo menos um dos cofundadores dos negócios sendo brasileiro.

De acordo com Teixeira, os negócios geralmente são apresentados por pessoas que já fazem parte do grupo de investidores. Depois disso, passam pelas mesmas etapas e são avaliadas assim como as stratups brasileiras que acabam ingressando no portfólio da rede.

GVAngels carimba o passaporte

A principal diferença está no valor dos cheques. Enquanto startups brasileiras recebem valores entre R$ 800 mil e R$ 1,7 milhão da GVAngels, o cheque para as operações internacionais ainda não segue uma regra específica. O valor máximo empregado até agora foi de US$ 210 mil no aporte da Boundless Life.

A tendência, no entanto, é de que esses cheques possam aumentar de valor em empreendimentos futuros. De acordo com Teixeira, além da questão cambial, startups fundadas no exterior costumam ter um valuation maior mesmo em suas fases mais iniciais.

Apesar de valerem mais, uma das exigências da GVAngels é de que as startups sejam mais responsáveis com o caixa. “Eu brinco às vezes que parece que a questão de dar lucro ficou pejorativa no universo de startups. Parece que é proibido dar lucro e tem que escalar a qualquer custo”, diz Teixeira.

É uma visão parecida com a de outras gestoras de capital privado. Em entrevista recente para o NeoFeed, Edson Rigonatti, sócio da Astella Investimentos, chegou a afirmar que a hora era de preservar caixa o máximo possível e garantir robustez operacional. “O foco agora é operacional e menos só em fund raising”, disse Rigonatti.

No total, a GVAngels já desembolsou R$ 45 milhões em investimentos realizados em 42 startups. Não há uma previsão de quando a … leia mais em NeoFeed 11/05/2022