Hélio Borenstein, o controlador da HBR Realty, disse hoje que comprou 5,8 milhões de ações da empresa que pertenciam a um fundo da Dynamo — encerrando o acordo de acionistas entre ele e a gestora que existia desde 2014.

O valor da compra é equivalente a R$ 25,1 milhões, ou 5,6% do capital total da companhia de propriedades para renda.

O FIP, chamado Tierra Fundo de Investimento, é o segundo maior acionista da companhia, atrás de Hélio. Antes da compra, ele tinha 28% do capital — uma participação que será reduzida para 22,4%.

Já Hélio passa a ter cerca de 40% do capital da empresa após a transação.

HBR: Por que a Dynamo encerrou o acordo de acionistas

O acordo de acionistas entre Hélio e a Dynamo foi firmado em 2014, mas sofreu uma reformulação grande em novembro de 2020, um pouco antes do IPO da HBR. Na reformulação, o acordo passou a prever que a Dynamo poderia deixar de participar do bloco de controle depois que o lockup de suas ações encerrasse — o que aconteceu agora.

Dos 28% que a gestora tinha, apenas 10% estavam vinculados ao acordo, que estipulava que se Dynamo tivesse menos de 5% do capital vinculado ao acordo ele seria encerrado.

Nesse caso, Hélio teria o direito de preferência para comprar as ações que a Dynamo colocasse à venda.

“Foi um investimento de private equity que eles fizeram lá atrás. É natural que eles saíssem do bloco de controle em algum momento depois que a empresa se tornasse pública,” disse uma fonte a par do assunto.

A transação acontece num momento em que a HBR negocia a um quarto do valor que ela saiu no IPO — com a alta da Selic acertando em cheio as ações do setor imobiliário.

A empresa — que é dona de três shoppings centers, cinco prédios comerciais triple-A e diversos centros de conveniência na marca Comvem — vale apenas R$ 450 milhões na Bolsa…. leia mais em Brazil Journal 05/01/2023