A IFS recebeu na semana passada um aporte não revelado por uma participação minoritária do fundo de investimento Hg, de acordo com o qual a companhia de software de gestão agora vale US$ 10 bilhões.

O chamativo é que esse valor é quase três vezes maior do que os US$ 3,5 bilhões nos quais a empresa foi avaliada pelo seu último investidor, o fundo TA Associates, que comprou uma participação em julho de 2020.

O valor é pela combinação do valor da IFS e a da Workwave, uma empresa de gestão de serviços de campo adquirida pela IFS em 2017 e que voltou a ter atuação independente no ano passado.

A IFS é menor e mais discreta do que grandes concorrentes no mercado de software empresarial, mas vem entregando resultados chamativos nos últimos anos.

O faturamento em 2021 foi de US$ 984 milhões, uma alta de 32%.

Outro diferencial é que a IFS é muito competitiva em verticais como energia, óleo e gás, manufatura complexa e aviação e defesa.

Leia também demais posts relacionados a TI no Portal Fusões & Aquisições.

IFS vale US$ 10 bilhões

Nestes segmentos, nos quais as empresas lidam com ativos que precisam ser gerenciados por longos períodos de tempo e serviços contam muito, faz diferença a oferta dos seus sistemas de gestão somados a linhas de software de gerenciamento de ativos (EAM, na sigla em inglês) e gestão de serviços (ESM, também na sigla).

Em uma entrevista para o site Diginomica, a o CEO da IFS, Darren Ross, falou de dobrar ou até quintuplicar o valor de mercado nos próximos três anos, ficando em algo entre US$ 20 bilhões e US$ 50 bilhões.

Temos um plano para fazer isso, com uma lista de aquisições forte”, revelou Ross, que disse ainda querer manter o crescimento entre 20% e 30%. Em 2021, a expectativa é que a IFS rompa a barreira do bilhão de dólares, enquanto a Workwave fature na casa dos US$ 350 milhões.

Discreta em nível mundial, a IFS é ainda mais discreta sobre a sua operação no Brasil, onde a companhia passou a estar mais presente a partir de 2011, quando comprou a Latin IFS, revenda que até então era responsável por toda a operação latino americana.

As últimas informações apuradas pelo Baguete sobre a IFS no Brasil são de 2019, quando a companhia fazia 70% das suas vendas no país diretamente, e o resto por um grupo de 1 parceiros atualmente, que vão de revendas do nível referral a empresas globais com presença no Brasil, como a ProV (que abriu as portas no país em 2017).

O novo ERP também passa a ser conhecido como Composable ERP e traz como proposta reunir recursos de negócios corporativos, como por exemplo: AI e centralização de dados, além de ser flexível, voltado para o cliente e continuamente desenvolvimento por pessoas. Dentro deste conceito Composable ERP já está no mercado o ERP senior X, desenvolvido pela Senior Sistemas. De acordo com o Gartner – maior referência do mundo no ramo das pesquisas, consultorias, eventos e prospecções acerca do mercado de TI – a 4ª era do ERP traz grandes mudanças… leia mais em Baguete 11/04/2022