A Azos levantou R$350 mil na primeira rodada, em abril de 2020. Em outubro, captaram mais de R$12,5 milhões com Kaszek, Maya, Propel e alguns outros anjos dos mercados de tecnologia e seguros.

“Os recursos foram usados para montar um time forte de tecnologia e firmar parcerias com resseguradora e seguradora de ponta no mercado para construir do zero novos produtos de seguro”, afirma Renato. Com canais digitais, coberturas em vida, flexibilidade para troca de plano sem taxas ou multa e preços acessíveis, insurtech promete democratizar o setor e garantir a melhor experiência ao usuário.

Um desejo comum de empreender, a aposta em um mercado promissor e a oportunidade de oferecer um serviço de natureza altruísta uniu o destino de três amigos em torno da ideia de lançar uma insurtech para criar e vender produtos de seguro de vida de forma digital e por meio de parcerias com corretores e empresas de tecnologia. Inspirada em um modelo de negócio conhecido nos Estados Unidos como Managing General Agent (MGA), a Azos iniciou, em abril, sua operação comercial em todo o território nacional com o propósito de democratizar o setor e garantir a melhor experiência ao usuário.

Ousada, a meta está calcada na oferta de preços acessíveis, a partir de R$5, com custo-benefício superior ao praticado no mercado brasileiro, e na flexibilidade para o segurador definir o tipo de proteção que deseja. “Fundamos uma empresa para proteger vidas. Os seguros de vida das seguradoras tradicionais são caros, possuem contratação complexa e processos antiquados. Construindo nossa tecnologia do zero, inspirados nas principais insurtechs do mundo, simplificamos o processo de contratação e oferecemos produtos de qualidade por preços incríveis, além de garantir um atendimento mais humano e personalizado”, conta Rafael Cló, CEO e fundador da Azos.A ideia da empresa surgiu no fim de 2019 e de modo quase casuístico. Enquanto concluía o MBA em Stanford, venceu o cartão de crédito brasileiro que fazia os pagamentos automáticos de um seguro de vida que Rafael havia contratado. As tentativas de solucionar a questão de maneira virtual foram em vão. O corretor que vendeu a apólice tinha saído da companhia e não podia ajudar. O departamento financeiro da seguradora não tinha permissão para ligar para um número estrangeiro. Ao custo de juros e multas por atraso, a questão foi resolvida depois de mais de dois meses.

“Fiquei abismado com a inabilidade de uma das maiores seguradoras do mercado”, afirma Rafael, que a partir daí decidiu investigar a dinâmica do segmento dentro e fora do país. Em suas pesquisas, deparou-se com seguradoras brasileiras que não permitem que os consumidores comprem outras proteções, para doenças graves ou invalidez, se não contratarem uma proteção de vida antes. Rafael, então, dividiu suas observações e descobertas com Bernardo Ribeiro e Renato Farias.

Com carreiras que mesclavam a expertise em análise de dados, vendas e marketing em multinacionais e a experiência em mercados de capitais e fundos de investimento em inovação, os três amigos combinaram de aprofundar as investigações. Perceberam que o mercado de seguros brasileiro cresceu mais de 20% nos últimos anos, enquanto a economia nacional como um todo andou de lado no mesmo período. Constataram ainda que as seguradoras de vida no país contam com uma das maiores margens de lucro do mundo (ROE ~20%) e que 85% dos brasileiros não possuem, atualmente, nenhum tipo de proteção, segundo dados do Ibope. … leia mais em startupi 31/05/2021