A startup brasileira de jogos Jungle anuncia sua chega ao mercado após uma captação de US$ 6 milhões (cerca de R$ 31 milhões) em uma rodada seed. A nova empresa é uma publisher de games para Web3, a versão descentralizada da internet, e foi fundada pelos sócios João Beraldo, Giulio Ferraro e Lucas Kertzman.

A rodada foi liderada pela Bitkraft e Framework Ventures e reuniu as empresas Delphi Digital, Karatage, Fourth Revolution Capital, Monoceros, 32bit Ventures, Snackclub e Norte Ventures. Segundo os empreendedores, o investimento servirá para que a Jungle aumente sua equipe de desenvolvimento, arte e marketing para lançar seu primeiro jogo neste ano.

As carreiras prévias dos sócios misturam as áreas de economia e programação. Beraldo é mestre pela London School of Economics e tem experiência em venture capital. Ferraro também atuou em capital de risco e é economista formado pela USP. Já Kertzman é engenheiro de software formado na Full Sail University, na Flórida.

Jungle entra no mercado de jogos em Web3 com captação
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A empresa opera adquirindo propriedades intelectuais subutilizadas de empresas de jogos estabelecidas. Em seguida, a Jungle desenvolve a visão do produto e a estratégia de mercado, recriando o jogo para a Web3.

“Criamos um modelo que nos permite ser mais rápidos e mais eficientes financeiramente no mercado e, ao mesmo tempo, proporcionar uma qualidade de entretenimento maior. Ao adquirir jogos já desenvolvidos, conseguimos sair anos à frente de qualquer competidor que está produzindo um jogo do zero”, diz em nota João Beraldo, CEO da Jungle.

A startup acredita que as tecnologias descentralizadas podem mudar a forma como as pessoas jogam e se conectam em todo o mundo, tornando a experiência mais interativa. Isso porque, segundo os sócios, os jogos em Web3 usam a economia aberta, em que ativos gerados dentro da plataforma podem ser também utilizados fora dela.

“Criaremos jogos híbridos que priorizam a diversão, para mobile e habilitados para blockchain. Para que os jogos da Web3 atinjam todo o seu potencial, os desenvolvedores devem criar jogos nos quais os jogadores venham pela experiência do produto e fiquem pela economia. O modelo inverso, estado atual da indústria, não nos levará à adoção em massa. Para alcançar novos públicos e expandir o mercado, precisaremos melhorar como indústria, e é isso que a Jungle chega para fazer”, expressa Beraldo.

O primeiro jogo da Jungle terá como formato o first person shooter – atirador em primeira pessoa, em português. Usando a tecnologia de blockchain na Web3, o jogo deve permitir que os participantes sejam donos dos ativos coletados durante as partidas... leia mais em PEGN 13/03/2023