O fechamento do mercado de capitais não afetou apenas as ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês), mas também as transações de empresas de propósito específico (Spacs, na sigla em inglês), chamadas de companhias de “cheque em branco”, modalidade que viu um boom entre 2020 e 2021.

O juro alto e a volatilidade global atingiram o segmento neste ano e mostram um novo retrato. Segundo dados da Spac Research, 98 desses veículos foram liquidados globalmente em 2023, ou seja, gestores devolveram recursos aos investidores depois de não conseguirem adquirir uma empresa, superando o número de Spacs que concluíram transações (31).

Juro alto e instabilidade global fazem ‘Spac’ devolver dinheiro a investidor

O salto inicial das Spacs foi resultado direto da ampla injeção de liquidez por bancos centrais em todo o mundo. Os bilhões de dólares que foram para as economias, em ambiente de juros baixíssimos, alimentaram o apetite por investimentos de risco. Para se ter uma ideia, de 2019 até maio de 2023, 921 Spacs foram anunciadas no mercado internacional, em um valor total de US$ 268 bilhões. Dessas, 328 concluíram a transação — ou seja, se fundiram a uma companhia no fim do processo… leia mais em Valor Investe 22/05/2023