Legrand volta às compras no Brasil após oito anos
Com a aquisição do controle majoritário da brasileira Clamper no início de março, a sétima no país, o grupo francês Legrand voltou às compras no Brasil e sinaliza que continua apostando no mercado local.
O último negócio fechado ocorreu em 2014, ao assumir a Daneva Materiais Elétricos. Desde então, a companhia que tem o crescimento inorgânico no seu DNA – começou a operar no país em 1977 após a compra da Pial e fez sua internacionalização com base em M&A – se voltou para o que tinha dentro de casa.
Nesse período houve um enxugamento que levou ao fechamento de duas fábricas: Campo Largo (PR), em 2014, e Diadema (SP), neste ano.
Mais conhecido pelas tomadas e interruptores, o grupo tem cerca de 20 mil itens no portfólio, dividido em quatro marcas e quatro linhas de produtos. Com o fim das atividades no ABC paulista, a produção foi centralizada em Caxias do Sul (RS) e Manaus, com cerca de 1,1 mil funcionários. Ele tem ainda um centro de inovação em Florianópolis.
A aquisição da Clamper, que fabrica dispositivos de proteção contra descargas atmosféricas ou picos de tensão, adiciona uma operação em Lagoa Santa (MG) e 600 funcionários. No Brasil desde 2018, o presidente da Legrand no país, Fábio Sala, diz que o grupo nunca perdeu interesse no mercado brasileiro.
O jejum de compras é explicado por questões macroeconômicas – crise econômica na segunda metade da década passada e a pandemia de covid-19 – e falta de negócios que se encaixem na estratégia da companhia.. leia mais em Valor Econômico 27/03/2023