A companhia de entrega de encomendas Loggi anunciou nesta segunda-feira uma nova captação, de 1,15 bilhão de reais, para ampliar a área de atuação e reduzir os prazos de entrega, com empresas do setor correndo para marcar posição num mercado que explodiu na esteira da pandemia da Covid-19.

A Loggi vem dobrando os volumes de entregas ano a ano (Imagem: Facebook/Loggi)

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A rodada foi liderada pela CapSur Capital e envolveu também o fundo Verde do gestor Luis Stuhlberger; além de investidores atuais, como monashees, Softbank, GGV, Microsoft (MSFT) e Sunley House, afirmou a Loggi.

Fundada em 2013, a Loggi vinha dobrando os volumes de entregas ano a ano. Em 2020, diante do isolamento social imposto pela a pandemia, o crescimento foi acelerado para 360%.

Diante disso, no ano passado a companhia ampliou a base de centros de distribuição de um para sete e abriu dezenas de agências próprias, chegando a cerca de mil municípios do país.

Fortalecida pela captação bilionária, a companhia prevê adicionar centenas de funcionários à sua base atual de 2 mil e abrir mais sete centros logísticos em 2021, incluindo em Londrina (PR), em cidades do Nordeste e no interior paulista, disse o vice-presidente de finanças da Loggi, Thibaud Lecuyer.

O anúncio reflete a percepção de que, embora em aceleração, o comércio eletrônico no Brasil ainda levará anos em expansão robusta até atingir níveis parecidos com os de Europa, Ásia e Estados Unidos, com previsões de consultorias especializadas de crescimento médio anual superior a 20%.

“Naturalmente isso abriu os olhos de muita gente”, disse Lecuyer em entrevista à Reuters.

De fato, nos últimos meses, gigantes do comércio eletrônico com estrutura própria de logística vêm anunciando investimentos bilionários para fortalecerem suas posições no Brasil, afirmando que fatores como agilidade e qualidade na entrega serão vitais para definir os vencedores neste mercado nos próximos anos.

O Mercado Livre, maior portal de e-commerce da América Latina, anunciou em novembro a abertura de cinco novos centros logísticos, dobrando a capacidade no país. E a gigante norte-americana Amazon (AMZN) anunciou a abertura de três novos centros, na maior expansão logística da companhia desde que chegou ao Brasil em 2012.

Desde sua fundação, a Loggi já havia recebido ao todo 900 milhões de reais em aportes. Na última, em junho de 2019, recebeu 150 milhões de dólares em uma rodada conduzida por SoftBank, Microsoft, GGV, Fifth Wall e Velt Partners, que fez a empresa ser avaliada então em 1 bilhão de dólares. Por Reuters Leia mais em moneytimes 01/03/2021