Dados da Pesquisa ABES/BR Angels/Solstic Advisors: percepções sobre fusões e aquisições no atual cenário do mercado brasileiro mostram que as operações de fusão e aquisição são vistas como promissoras por 86% dos empreendedores e executivos de alto escalão de empresas brasileiras. E mais: 50,5% pretendem realizar alguma transação nos próximos 12 meses.

O levantamento foi realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Software (ABES) em parceria com o BR Angels Smart Network, de investimento-anjo, e a Solstic Advisors, especializada em operações fusão e aquisição e em captação de recursos. A pesquisa foi realizada em julho de 2021 e teve a participação de 105 empresários e executivos de alto escalão de empresas brasileiras de segmentos como tecnologia, serviços, educação, varejo, indústria e agronegócio.

Ao fazer uma ação de fusão e aquisição,

  • a maioria dos entrevistados (63,8%) diz que avalia o modelo de negócio da empresa que será alvo da negociação.
  • Outros aspectos considerados são escalabilidade (52,4),
  • inovação (50,5%),
  • saúde financeira (43,8%),
  • equipe e liderança (41%),
  • valor de mercado (33,3%),
  • cultura organizacional (27,6%)
  • e governança (25,7%).

Entre os motivos que levam os entrevistados a considerarem a transação, em primeiro lugar está

  • a possibilidade de aumentar a participação de mercado (42,9%). Outras razões incluem
  • a incorporação de tecnologias (35,7%),
  • a aceleração da transformação digital (21,4%),
  • a inclusão de talentos (21,4%),
  • a entrada em novos mercados (21,4)
  • e o ganho de competitividade (14,3%).

Outra informação importante é que 13,3% dos entrevistados afirmam ter participado de operações do tipo nos últimos dois anos. Nesse grupo, 50% são do mercado de tecnologia da informação, 14,3% do varejo e 14,3% do setor financeiro. “As baixas taxas de juros e a alta liquidez impulsionaram as bolsas de valores e aqueceram o cenário”, avalia Flávio Batel, sócio-fundador e CEO da Solstic Advisors.

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Gráfico das transações de TI em 1ºS21
• Microempresa <= R$ 2,4 milhões • Pequena empresa > R$ 2,4 milhões e <= R$ 16 milhões • Média empresa > R$ 16 milhões e <= R$ 90 milhões • Média-grande empresa > R$ 90 milhões e <= R$ 300 milhões • Grande empresa > R$ 300 milhões

Orlando Cinta, fundador e CEO do BR Angels, diz que as startups têm muito a ganhar com o aumento das operações de fusão e aquisição no país. “O cenário é promissor especialmente para startups e negócios que tragam soluções inovadoras e complementares em diversos mercados”, destaca.

Tecnologia é destaque

Segundo o estudo, os setores que mais devem fazer operações de fusão e aquisição nos próximos meses são tecnologia

  • (66%), e-commerce (5,7%)
  • e logística (5,7%).

A maior parte dos entrevistados

  • (35,8%) pretende investir entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões em aquisições.
  • Outros 17% planejam aplicar entre R$ 5 milhões e R$ 15 milhões,
  • enquanto 9,4% consideram valores entre R$ 30 milhões e R$ 50 milhões.
  • Apenas 3,8% afirmam que devem investir mais de R$ 50 milhões.
  • Os 30,2% restantes preferiram não divulgar esses dados.

O estudo aponta, ainda, que fusões e aquisições devem ter destaque ao longo dos próximos 24 meses.

  • Quase 24% dos entrevistados pretendem investir ou adquirir negócios externos iniciantes.
  • A maioria (75,2%), entretanto, ainda não tem uma área estruturada na empresa.
  • Dos 24,8% que têm, 10,5% usam um departamento externo,
  • 7,6% têm a estrutura internamente e
  • 2,9% têm uma estrutura dedicada.

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