A gestora Maya Capital, fundada por Monica Saggioro e Lara Lemann, acaba de levantar seu segundo fundo de venture capital e aumentou o poder de fogo. O novo veículo tem US$ 100 milhões para early stage, mais que o dobro do primeiro fundo – em 2018, a gestora captou US$ 40 milhões.

“A nossa tese é ser o primeiro cheque para a startup e ainda mais hands-on como investidoras, por isso um fundo maior que nos permita liderar rodadas”, disse Saggioro ao Pipeline. “Somos agnósticas em setores. Buscamos os melhores empreendedores, obcecados, e ajudamos em três frentes principais: talentos, go to market, dando tração comercial e atraindo clientes, e fundraising, construindo cap table estratégico.

Boa parte do fundo foi levantada com investidores do primeiro veículo – as sócias não abrem o retorno, mas afirmam que o fundo teve duas vezes o múltiplo de capital (MOIC) de benchmarks e peers internacionais. “É um ponto bem importante para gente se posicionar na proposta de valor para os fundadores e também na performance para os investidores”,diz Saggioro.

Entre os novos cotistas estão fundos de fundos, family offices e também empreendedores latino-americanos, americanos e europeus.

A gestora começou a conversar com investidores antes do azedume no mercado de tecnologia em bolsa, que acabou se refletindo no ritmo do mercado privado. “Vemos muita oportunidade para a Maya nesse cenário. Há muito talento na América Latina, daqueles que reconhecem que empreender não é uma brincadeira de dois ou três anos, mas uma trajetória de longo prazo”, diz Lemann. “E com crise ou não, há sempre problemas a serem resolvidos.”

Mais do que cheque, a Maya investe tempo e aciona suas conexões para ajudar a alavancar um negócio – pode ser apresentando um potencial cliente para a startup, um novo investidor, o próximo CFO. Segundo Lemann, foram mais de 400 apresentações de talentos para empresas do portfólio – o mapeamento, triagem e conexões com esses profissionais foram feitos pela gestora, que também ajuda a checar as referências.

A Maya ajudou a conectar os fundadores da Merama, por exemplo, a consolidadora de marcas de ecommerce composta por empreendedores brasileiros, mexicano e americano. Na frente comercial, intermediou o contato da foodtech chilena NotCo com a Starbucks e da healthtech Nilo com a Intermédica, ambos  … leia mais em Pipeline 22/06/2022