O investidor estatal dos Emirados Árabes Unidos Mubadala, a chinesa State Power Investment Corporation (SPIC), a Vibra e a XP Inc estão entre os grupos interessados na aquisição de ativos da empresa de energia renovável Ibitu Energia, segundo fontes com conhecimento do assunto.

A gestora americana Castlelake, dona da Ibitu, decidiu dividir a companhia em duas unidades para a venda, considerando que poderia atrair mais investidores interessados em apenas uma parte do negócio, segundo as fontes, que pediram anonimato para revelar conversas confidenciais.

BTG Pactual e Credit Suisse têm os mandatos de venda para os ativos de energia solar e eólica da Ibitu, e a G5 Partners, para a venda das hidrelétricas.

A Castlelake espera conseguir até 1 bilhão de dólares com a venda dos ativos. A Ibitu tem 877 megawatts (MW) de capacidade instalada.

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Mubadala SPIC Vibra e XP

Castlelake, Mubadala e Vibra não comentaram imediatamente o assunto. SPIC disse que não vai comentar.

A oferta da XP, que seria feita em nome de fundos administrados pela instituição, aprofundaria os investimentos do grupo em energia, depois do lançamento de uma comercializadora no ano passado, segundo pessoa com conhecimento do assunto. A XP preferiu não comentar o assunto.

A gestora Castlelake comprou a Ibitu do conglomerado Queiroz Galvão em 2019 e decidiu revendê-la no ano passado. A entrega das ofertas para os dois grupos de ativos são esperadas para março e abril.

A venda da Ibitu se soma à grande atividade de fusões e aquisições envolvendo geração de energia no Brasil, com o incentivo do forte crescimento do uso de geração renovável.

No ano passado, o Mubadala ofereceu 1,1 bilhão de reais pela Brasil PCH, empresa que foi vendida pela Renova Energia, mas outros acionistas com direito de preferência acabaram ficando com o ativo.

Outros gestores como Denham Capital e Actis buscaram vender recentemente suas empresas de energia renovável. A Actis vendeu a Echoenergia para a Equatorial Energia SA por cerca de 7 bilhões de reais.

A demanda por ativos de energia renovável está crescendo com mais empresas buscando fazer a transição energética.

No ano passado a Vibra, antiga BR Distribuidora, anunciou a compra de 50% da comercializadora Comerc, líder em negociação no mercado livre de energia e proprietária de um portfólio de projetos que inclui geração de energia com fontes renováveis.

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