Music AI vai colocar mais US$ 30 milhões no Moises, o app preferido das gravadoras
A startup paraibana que ganhou fôlego global Music AI acaba de fazer uma rodada de US$ 40 milhões, dos quais US$ 30 milhões vão para o caixa da companhia com destino à expansão do aplicativo Moises. Os outros US$ 10 milhões foram em tranche secundária, dando saída parcial a alguns investidores para entrada de novos.
A rodada série A foi pela Connect Ventures, gestora britânica que nasceu como joint venture entre a agência de economia criativa Creative Artists Agency e o venture capital New Enterprise Associates (NEA). Também participaram fundos que já estavam no cap table da Music AI, como Monashees, Kickstart, Samsung Next, Toba Capital, Valutia e Pelion. Os investidores-anjo são profissionais da indústria musical, como Steve Aoki, Freddy Wexler, 3LAU e Alexander23.
Apaixonado por música (seu instrumento é a bateria), o empresário Geraldo Ramos criou o aplicativo Moises para permitir que usuários ‘desmixassem’ músicas (ou seja, pudessem separar os diferentes instrumentos de uma faixa), tecnologia desenvolvida pela Deezer como código aberto em 2019. Daí o nome do app: assim como o hebreu bíblico que separou o Mar Vermelho, o app também consegue isolar os vocais, guitarras, percussões e outros sons. Os cofundadores são Eddie Hsu e Jardson Almeida.
O que começou como experimentação logo se tornou negócio B2B. O brasileiro, que há anos mora nos Estados Unidos, notou que a indústria fonográfica começou a usar o serviço de desmixagem para o dia a dia nos estúdios. Hoje, o app oferece uma gama de funcionalidades para músicos, como transcrição musical, detecção de som e ritmo e modelagem de voz cantada, entre outros.
O serviço soma 50 milhões de usuários por 200 países pelo mundo, com 2,5 milhões de minutos de áudio processados diariamente. No final de 2024, o Moises foi escolhido pela Apple como o melhor aplicativo do ano para iPad em todo o mundo.
Ramos afirma que a capitalização vai permitir à companhia ampliar os produtos multiplataformas da Music AI, que quer se consolidar como a favorita para estudantes de música e até produtores profissionais trabalharem. Além disso, a companhia deve comprar mais hardware da Nvidia (para treinar os modelos de inteligência artificial da startup) e obter mais dados para o treinamento da IA. “Também investiremos na ampliação de nossas ofertas de produtos, tanto para o mercado B2C quanto B2B, e na consolidação da marca”, acrescenta o CEO.
Esse é o terceiro cheque institucional da Music AI, que .. leia mais em Pipeline 22/01/2025