Os brasileiros Bernardo Brites e Rafael Luz já tinham ajudado na intermediação de US$ 400 milhões entre clientes brasileiros e corretoras de criptomoedas estrangeiras quando decidiram que era hora de criar um novo negócio. No fim de 2020, os spreads para cripto já não eram os mais atrativos, o que tirava apelo da Lasting Capital, a primeira firma fundada por eles.

A parceria da dupla, no entanto, daria outros frutos no mercado de câmbio — mas de moedas tradicionais. Ao lado de Leone Parise, engenheiro de software que trabalhava na Binance, os três fundaram a Trace Finance, fintech que começou com uma plataforma que facilita o processo de câmbio — na importação ou exportação — para startups nem sempre bem atendidas pelo sistema bancário.

A trajetória da Trace Finance começou a mudar quando os fundadores conheceram a The Coffee, rede de cafeterias de inspiração japonesa que precisava dos serviços de câmbio para importar chá verde do Japão. Em poucos dias, a novata topou os serviços que muitos bancos demoravam a fazer, o que acabou estreitando os laços com a fintech.

Quando a The Coffee captou US$ 5 milhões com a Monashees, lá estava a Trace Finance para ajudar a trazer o dinheiro do exterior, cobrando bem mais barato que os 4% que o Silicon Valley Bank pedia, e reduzindo o tempo médio de um mês e meio para alguns dias.

Leia também demais posts relacionados a Startups no Portal Fusões & Aquisições.

Na Trace Finance rodadas chegam mais rápido
Freepik

A experiência com a rodada da The Coffee mostrou ao time liderado por Brites que uma lacuna podia ser preenchida. Num mercado de venture capital que atraiu US$ 18 bilhões em rodadas no ano passado, outras startups também se ressentiam da burocracia, demora e dos preços cobrados por bancos para internalizar os recursos das rodadas… mais em Pipeline 15/02/2022