Gestora emitiu papéis com remuneração de 18% ao ano aos investidores profissionais que desembolsaram R$ 500 mil em ticket médio com prazo de três anos.

A gestora brasileira New Asset anunciou esta semana um aporte de R$ 10 milhões nas operações da empresa de capital estrangeiro FMI Minecraft Management, que deverá usar o recurso para a compra de equipamentos que serão utilizados em uma fazenda de mineração de Bitcoin (BTC) na Zona Franca de Zapala, na província argentina de Neuquém, região da Patagônia.

“Essa parceria entre FMI e New Asset vai trazer aos investidores uma janela de oportunidades de investimento no setor de tecnologia para o mining que antes estava disponível apenas para investidores institucionais”, explicou Cleberson Gavioli, que fundou a New Asset junto com a empresária Carolina Paiffer.

Segundo informações do jornal Valor Econômico, a New Asset captou o montante a partir da emissão de commercial papers, títulos de dívida, com remuneração de 18% ao ano sobre e mineração, além de um percentual de performance das máquinas, o que pode elevar o ganho dos investidores para até 24%. No caso, investidores profissionais que investiram o mínimo de R$ 50 mil e com um ticket médio (TKM) de R$ 500 mil, pelo prazo de três anos, pouco menos do que o tempo médio de vida útil das placas de mineração.

A New Asset aposta em uma estratégia de longo prazo devido à baixa do preço do Bitcoin, que era negociado a US$ 19,7 mil na tarde desta sexta-feira (30). Isso porque o inverno cripto provocou o barateamento dos equipamentos com Circuitos Integrados de Aplicação Específica (ASICS), mas também fez com que a mineração de Bitcoin se tornasse menos lucrativa em razão da proximidade entre o preço da criptomoeda e o custo por unidade minerada.

Além da fazenda em Zapala, a FMI Minecraft Managemen possui outra planta em Luque, cidade que fica a 15 quilômetros de Assunção, capital do Paraguai. Já a administração das fazendas de mineração é feita de Santa Catarina, onde moram o fundador da empresa, o empresário John Blount, e o sócio dele, Eduardo Meyer.

O projeto original pode ser considerado ambicioso, uma vez que contempla a reforma de mais de 50 quilômetros de gasodutos troncais para a geração de 114 megawatts (MW) de potência, na primeira etapa. No segundo ano, a meta é alcançar 250 MW e, em uma terceira etapa, 1 gigawatt (GW) por meio da construção de um gasoduto desde o povoado de Añelo até a Zona Franca, o que representará quatro vezes mais o consumo energético da cidade de Neuquén, capital da província de Neuquén, perfazendo R$ 45 milhões em investimento em mineração na Argentina, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil… Leia mais em cointelegraph 30/09/2022