O Nubank encerrará seu programa de BDR nível 3 e deixará de ser uma companhia aberta diretamente listada no Brasil, nove meses depois de abrir o capital aqui e lá fora. O banco continuará a ter ações na Bolsa de Nova York e, no mercado brasileiro, migrará para um BDR nível 1, que não exige que a companhia seja registrada aqui.

Com a mudança, a fintech não terá mais de seguir as normas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), mas os novos recibos de ações serão negociados na B3.

Quando fez seu IPO, em dezembro, o Nubank alardeou que faria uma dupla listagem das ações — no Brasil e nos EUA — e reforçou que o desenho refletia a importância dada aos investidores brasileiros. O modelo foi necessário para que o banco pudesse criar o programa NuSócios, que deu um BDR a cada cliente que se cadastrou, um total de 7,558 milhões de pessoas

BDRs nível 3 são emitidos por empresas com registro no Brasil, enquanto os de nível 1 são de estrangeiras sem listagem local.

Nubank não será mais listado diretamente na B3

O BDR nível 1 só pode ser detido por investidores qualificados (com mais de R$ 1 milhão investidos) ou por investidores de varejo se a companhia for listada há mais de 12 meses em uma bolsa reconhecida pela B3. Assim, a efetiva conversão dos recibos do Nubank deve ocorrer após 9 de dezembro para permitir que os investidores de varejo continuem detendo o papel.

“A proposta para a descontinuidade do programa de BDRs nível 3 tem como objetivo maximizar a eficiência e minimizar redundâncias consequentes de uma companhia aberta em mais de uma jurisdição…. leia mais em Valor Econômico 15/09/2022