A Oi prevê que até o fim de 2021 terá vendido a operação móvel, datacenters, torres e o negócio de TV paga, focando na rede de fibra e na oferta de serviços suportados pela modernização de sua rede fixa. Ao apresentar os resultados do terceiro trimestre nesta sexta, 13/11, o desempenho do FTTH foi o destaque, e a performance já começa a ser medida com base no avanço dos ISPs. Na prática, a Oi vai se firmando como o maior pequeno provedor do Brasil. 

“Com mais de R$ 400 milhões [no terceiro trimestre], a fibra já está se tornando o componente mais importante da nossa receita e representa quase 40% da base de clientes no mix de banda larga. Tivemos uma adição líquida maior que todas as [grandes] operadoras somados e praticamente adicionamos o equivalente à base dos top 3 ISPs do país”, destacou o presidente da Oi, Rodrigo Abreu. 

Entre julho e setembro, a Oi teve prejuízo de R$ 2,6 bilhões. Mesmo assim, um desempenho melhor do que um ano antes, quando as perdas chegaram a R$ 5,7 bilhões. A receita líquida, de R$ 4,64 bilhões, indica melhora sobre o pior da pandemia (+3,5% sobre o segundo trimestre), mas foi 6,2% menor que no terceiro trimestre de 2019. 

Com a divulgação da marca de 1,75 milhão de clientes com FTTH, 7,9 milhões de casas passadas e R$ 383 milhões de receitas, a fibra, no fixo, só representa menos que os ganhos com telefonia (R$ 544 milhões), tendo superado a banda larga por DSL (R$ 323 milhões) e mesmo o DTH (R$ 375 milhões). Daí a conclusão de Abreu de que foi “um trimestre excelente”. O negócio móvel faturou R$ 1,6 bilhão, mas este está praticamente vendido para a parceria entre Vivo, TIM e Claro.

“Nosso cronograma aponta para uma transição completa do modelo até o final de 2021”, afirmou o presidente da Oi, referindo-se ao cronograma de alienação das unidades mencionadas – móvel, datacenters, torres e TV (DTH). A partir daí, a confiança é que essa nova Oi será a campeã entre os pequenos provedores. 

“Temos uma excelente vantagem competitiva. Competimos tendo uma base de clientes já existente que não tem fibra (FTTC ou coaxial). Competimos com provedores de internet locais com fibra, mas temos uma estrutura de backbone e backhaul mais forte, sem os constrangimentos de tráfego dos competidores locais. E temos um forte canal de vendas que cobre todo o país”, apontou Abreu. Convergência Digital – Leia mais em abinee.16/11/2020