O “open finance” vai mudar o mundo dos seguros. Esse novo ambiente, que combina os sistemas de compartilhamento de dados bancários (o “open banking”) e de coberturas (o “open insurance”), traz grande potencial de inclusão tanto financeira quanto nos seguros, além de impulsionar novos modelos de negócios que vão adicionar dezenas de bilhões de reais a esses mercados.

O cenário foi desenhado pelos especialistas que participaram ontem de um debate on-line da Fundação Getulio Vargas (FGV) sobre o impacto econômico do open insurance. O diretor da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Eduardo Fraga, enxerga no compartilhamento e uso maciço de dados o caminho para uma maior abertura e concorrência no universo securitário.

“Para fazer a precificação de uma carteira, a seguradora inclui uma margem de riscos, devido à incerteza dos riscos cobertos”, explicou. “Mas, quando tem uma quantidade maior de dados, essa margem pode diminuir porque é um fator relacionado à incerteza. E essa queda é mais forte para pessoas de baixa renda.”

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Fraga citou como exemplo a experiência chinesa de uma plataforma que levou produtos de seguro a milhões de novos consumidores. Conforme o dirigente, a insurtech asiática usa dados de rating de crédito, além de verificar condições preexistentes, para precificar um seguro que cobre doenças graves.. Leia mais em Valor Econômico 30/11/2021