Em um trimestre que registrou Ebitda ajustado de R$ 71,2 milhões, crescimento de 86% sobre o mesmo período do ano passado, a OrizonVR cria uma nova empresa que será responsável pelos projetos de geração de energia e/ou biometano. A BioE nasce com dois ativos operacionais (Biometano Paulínia e UTE Paulínia Verde) no Ecoparque Paulínia, em São Paulo, e tem um pipeline de pelo menos 10 novas plantas e investimentos da ordem de R$ 1,2 bilhão nos próximos anos. A expectativa é de que a nova empresa gere um Ebitda adicional de R$ 550 milhões ao ano, quando as plantas alcançarem a maturidade.

A empresa será off taker do biogás dos ecoparques, avançando na cadeia produtiva da indústria com o processamento do biogás para a geração do biometano, gás natural renovável obtido por meio da purificação do biogás, que possibilita a substituição do gás natural de origem fóssil, do diesel e do gás liquefeito de petróleo. Na vanguarda da agenda de sustentabilidade urbana do país, a Orizon acredita que a BioE contribuirá para que o Brasil possa alcançar uma matriz energética ainda mais diversa e renovável.

“Há hoje uma demanda de grandes players fósseis por substituição de sua matriz pelo gás natural renovável. O mercado internacional está pujante e o nosso compromisso é apresentar à sociedade soluções sustentáveis. Esse é um imenso avanço rumo a uma economia de baixo carbono, contribuindo para a redução de emissões na atmosfera e, consequentemente, apoiando a transição da matriz energética brasileira”, explica Milton Pilão, CEO da OrizonVR.

Aumento da receita líquida e mais investimentos até o fim do ano
O anúncio oficial da criação da BioE, juntamente com a divulgação dos resultados do 3T22, indica o apetite da companhia, que tem outros vetores de crescimento, como a consolidação de três novos aterros sanitários, um projeto de reaproveitamento de lodo de saneamento e a extração máxima do valor dos investimentos realizados nas atividades de reciclagem, crédito de carbono e geração de biogás, sobretudo em ecoparques que ainda não têm estas adicionalidades.

No 3T22, a Orizon registrou crescimento de 97% da receita operacional líquida ante o 3T21, chegando a R$ 197,2 milhões. Ao analisar o período entre janeiro e setembro, a receita líquida teve aumento de 60% e atingiu R$ 447 milhões.

Os resultados positivos se justificam principalmente pelas aquisições e novos ativos. Também impactaram os resultados a ampliação de operações: no comparativo 3T22 e 3T21, o volume de resíduos cresceu 4%, com mais de 2,012 milhões de toneladas de resíduos. Em suas linhas de negócios, o volume de créditos de carbono aumentou 19% e o biogás, 38%.

“Tivemos melhoria significativa de eficiência nos ativos adquiridos. Por exemplo, uma nova estação de tratamento de chorume no Nordeste reduziu custos deste tratamento em 50%, o que deve impactar bastante nosso custo operacional total no próximo trimestre. Também estamos padronizando todas as operações no centro de suprimentos para redução dos custos de matéria-prima. Além disso, estamos instalando plantas de captura de biogás em todos os novos ativos (já conseguimos monetizar 40% do biogás do Ecoparque de Paulínia), o que deve multiplicar a geração de caixa dos ativos”, detalha Pilão.

Referência no Brasil, a Orizon Valorização de Resíduos tem hoje 12 ecoparques em todo o Brasil que receberão mais de 8 milhões de toneladas de resíduos em 2022, gerados por mais de 30 milhões de pessoas. Com DNA ESG, ao cuidar e valorizar resíduos sólidos, cuida do meio ambiente da saúde das pessoas que moram nas localidades de seus ecoparques.

Com informação da Danthi 16/11/2022