Depois de comprar o controle da RZK por R$ 1,2 bilhão, a Pontal Energy vai alocar mais R$ 2,3 bilhões para expandir a plataforma de renováveis. Rebatizada de Thopen, a controlada quer avançar no mercado livre, desde geração distribuída à auditoria de contas de luz e eficiência tarifária.

A expansão vai se dar por meio de desenvolvimento de projetos e também aquisições. “Vamos ser muito atuantes em M&A, pode ser de usinas, plataformas, tecnologia, tem que ter complementariedade”, diz Gustavo Ribeiro, CEO da Pontal Energy e da Thopen.

“A única coisa que não fazemos é fonte suja como carvão”, complementa. A restrição é imposta pela controladora, a gestora americana de private equity Denham Capital, um dos maiores investidores globais em transição energética.

O parque da Thopen é de 45 usinas ativas, sendo 39 solares e seis de biogás, com 250 mil unidades de consumo (UCs) sob gestão e outras 40 usinas de GD em construção. Até o final de 2027, a companhia deve passar dos atuais 163 MWp para 800 MWp e passar à marca de um milhão de UCs sob gestão.

Mas o que chamou a atenção da Pontal na antiga RZK foi o serviço de auditoria de contas de energia, para verificar erros que corrigidos permitem reaver valores a pessoas físicas e jurídicas. “Olhamos 15 transações possíveis e nenhuma outra plataforma tinha a tecnologia do jeito que o mercado precisa. É um empoderamento do cliente, que já resultou em recuperação de mais de R$ 100 milhões somados”, diz Ribeiro.

Os investimentos em expansão serão feitos ao longo de dois a três anos, principalmente com emissão de debêntures e uma pequena parcela de capital próprio.

A Pontal tem 67% da Thopen; Alexandre Grendene e família Rezek seguiram como acionistas minoritários. Segundo o CEO, a nova marca foi inspirada no inventor da lâmpada, Thomas Edison, em junção à “open energy”, que se refere à abertura dos dados de consumo de energia elétrica, semelhante ao open finance dos bancos.

A Pontal é uma das maiores geradoras e comercializadoras de energia no país, com 600 MW de capacidade instalada de produção eólica e comercialização anual de 2,3 mil GWh. A companhia foi criada a parte da cisão de ativos da Rio Energy – a Denham vendeu parte do portfólio para a Equinor e … leia mais em Pipeline 11/03/2025