Tudo começou com alguns rabiscos em uma folha em branco. É assim que Gabriel Braga, CEO e co-fundador do Quinto Andar, lembra como, em 2010, idealizou a plataforma de venda e aluguel de imóveis com o sócio André Penha. Eles estudavam na Universidade de Stanford, nos EUA, e queriam montar um negócio quando voltassem ao Brasil. “O nosso interesse era resolver um problema real das pessoas, mas, ao mesmo tempo, que tivéssemos uma conexão genuína com a ideia proposta.”

Foi quando Braga lembrou da experiência que teve aos 20 e poucos anos, em 2006. Ele havia decidido deixar a casa dos pais em Belo Horizonte, onde nasceu, e ir para São Paulo. Empolgado, passou a procurar, de Minas, um apartamento para alugar – mas esbarrou em sites com fotos que mal descreviam as moradias disponíveis.

“O jeito foi bater perna na cidade, em busca de uma casa, e depois arrumar um fiador”, afirmou o CEO, no novo episódio do CBN Professional, podcast realizado pelo Valor e a rádio “CBN”. “Gastava horas para chegar aos imóveis que marcava e, com cinco segundos de visita, via que não era o que eu queria.”

Braga diz que a frustração o motivou a pensar em uma startup capaz de facilitar a vida de proprietários e inquilinos – baseada em uma seleção ágil de opções e sem entraves de contratação. O Quinto Andar saiu do papel em 2013 e em 2019 já se tornou um unicórnio (companhias que valem mais de US$ 1 bilhão). Hoje, está avaliado em US$ 5 bilhões.

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Os segredos do Quinto Andar

O CEO conta que, desde a conversa inicial, de idealização, em Stanford, passando pela fundação do empreendimento até o momento atual, de expansão e internacionalização, não faltaram desafios. O primeiro, afirma, foi entrar no mercado imobiliário, considerado muito tradicional e pouco afeito a mudanças repentinas. O segundo, encontrar investidores dispostos a bancar um projeto inovador.

Mas se você provar que pode resolver, de uma forma inteligente, uma questão que preocupa muitas pessoas, os investidores vão aparecer, garante. Braga afirma que em sua jornada corporativa atravessou momentos decisivos, de altos e baixos, ou de quase desistência. “Aos poucos, fui me acostumando à sensação de estar numa montanha russa.” Como líder, Braga diz que a combinação de três fatores o ajudou a desatar os nós diários na vida de empreendedor: ter convicção nos planos da companhia, humildade de reconhecer falhas e rápida capacidade de aprendizagem. O episódio está …. leia mais em Valor Econômico 28/03/2022