A Oxygea, braço de venture capital da Braskem, está fazendo sua segunda aposta em uma startup internacional. O CVC aportou R$ 10,5 milhões na startup americana AssetWatch.

Esse é um complemento da rodada série B anunciada em maio, no montante de US$ 38 milhões (cerca de R$ 225 milhões), que foi liderada pela gestora Wellington Management com investidores que já estavam na base acionária, como G2 Venture Partners, Triangle Peak Partners e Osage University Partners.

A startup é voltada para o mercado industrial, atuando em manutenção preditiva. Com sensores e software baseado em nuvem e suporte de inteligência artificial, seu sistema promete detectar e sanar problemas em motores, caixas de engrenagens, bombas, ventiladores e compressores. É semelhante ao que faz a brasileira Tractian, que foi avaliada em R$ 1 bilhão no ano passado ao atrair a americana General Catalyst, no caminho inverso.

“O investimento da Oxygea valida nossa abordagem e também impulsiona nossa busca para eliminar paralisações não previstas nas operações, otimizando operações para indústrias globais”, diz Will Zell, cofundador e chairman da AssetWatch, ao Pipeline. Com o capital, a companhia quer aumentar os investimentos em tecnologia e também expandir sua atuação geográfica.

Criada há dois anos, a Oxygea já investiu em oito empresas. Sua outra aposta internacional foi a empresa de reciclagem de plásticos Circular.co, também americana, com cheque de R$ 5 milhões do fundo. Quem faz a ponte entre o CVC da Braskem e as companhias estrangeiras é a Touchdown Ventures, firma que se destina a encontrar bons ativos globais para os veículos de venture capital corporativos.

O CVC da petroquímica nasceu com US$ 150 milhões para aportes em cinco anos, mirando inovações relacionadas a sustentabilidade e transformação digital na indústria – onde a AssetWatch se encaixa. O fundo não abre o total já investido, mas aponta que boa parte do capital remanescente será destinado a outras startups estrangeiras já mais maduras.

“Outras geografias do mundo tem um incentivo desde a base, seja dinheiro de fomento ou das próprias universidades. E isso faz com que essas iniciativas científicas tenham um estágio de maturidade maior quando comparado ao Brasil”, explica Vitor Moreira, diretor da Oxygea. Além do CVC, a companhia também tem um programa de aceleração, o Oxygea Labs… leia mais em Pipeline 07/08/2024