O sucesso do IPO do Nubank, que abriu o capital na bolsa de Nova York em dezembro do ano passado e captou US$ 2,6 bilhões a uma avaliação superior a US$ 40 bilhões, pode inspirar outras startups brasileiras a seguirem o mesmo caminho.

E algumas startups são candidatas naturais a seguir o roteiro do banco digital brasileiro, segundo o Pitchbook, consultoria americana que compila dados de rodadas em startups e seus respetivos valuations.

Em relatório, o Pitchbook concluiu que 10 empresas brasileiras são candidatas a fazer IPO – não necessariamente em 2022. São elas QuintoAndar, Loft, Loggi, CargoX (que agora se chama Frete.com), Wildlife Studios, Merama, MadeiraMadeira, Facily, Creditas e Cloudwalk.

Em comum, todas as startups valem mais de US$ 500 milhões, o que, na visão da consultoria, é um indicativo de que poderiam recorrer a mercados públicos em busca de financiamento. O motivo? Em 2021, por exemplo, as empresas que abriram o capital nos Estados Unidos conseguiram uma avaliação média de US$ 630,8 milhões.

“O fato de valer mais de US$ 500 milhões não quer dizer que a startup está pronta para fazer o IPO”, afirma Julia De Luca, gerente de tecnologia do Itaú BBA, ao NeoFeed. “Mas o relatório traz nomes sólidos.”

Da lista, apenas a Creditas tem planos concretos para tentar um IPO nos Estados Unidos em 2022, buscando um valuation entre US$ 7 bilhões e US$ 10 bilhões, segundo notícia publicada pelo Pipeline, site de negócios do Valor Econômico.

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As demais startups da lista do Pitchbook estão em estágios diferentes de desenvolvimento. QuintoAndar, Loft, Loggi e MadeiraMadeira já fizeram diversas rodadas e são consideradas mais maduras, o que não significa que vão tentar se tornarem públicas em breve.

Há vários motivos para não fazer o IPO agora que vão além de fato de estarem ou não prontas. A começar pelas condições de mercado, que estão ruins para um IPO tanto aqui no Brasil, como nos Estados Unidos. “Não é o melhor momento”, diz Julia. “No Brasil, há eleições. E, nos Estados Unidos, o Fed está subindo os juros.”

As demais startups têm ainda uma longa jornada pela frente antes de tentar uma abertura de capital. A Merama, por exemplo, tem pouco mais de um ano de vida e já fez três rodadas com fundos de venture capital.

A Facily, que passou a ser avaliada em mais de US$ 1 bilhão no fim do ano passado, precisa resolver seus problemas com o consumidor – ela se tornou recordista em reclamações do Procon….Saiba mais em Neofeed 24/01/2022