A fila de empresas interessadas em abrir o capital (IPO, na sigla em inglês) no começo de 2022 está crescendo, mas boa parte delas pode.

Mas a incerteza política por conta das eleições, o risco fiscal em alta, a taxa básica de juros devendo logo chegar a dois dígitos e o cenário externo mais desafiador, por conta do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos)elevando juros na principal economia do mundo, devem deixar o investidor ainda mais seletivo. E o caminho até a colocação bem sucedida de um IPO, por consequência, mais tortuoso.

Há uma fila de ao menos 30 empresas querendo testar o mercado a partir do começo de 2022, como a Cantu Store, e-commerce de pneus, a rede de academias Selfit, e a Tambasa Atacadistas, que já encaminharam pedido de análise para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), esta última com oferta de mais de R$ 2 bilhões. Há ainda nomes como a Caixa Asset, gestora de recursos da Caixa Econômica Federal, ainda sem pedido na CVM, mas também de olho em uma potencial janela, com IPO também ao redor de R$ 2 bilhões.

Outras companhias, como a rede de academias BlueFit, a Dori Alimentos e a fabricante de produtos de beleza Coty, adiaram para o começo de 2022 operações que seriam feitas entre setembro e novembro deste ano, mas tiveram que ser suspensas por conta da piora do mercado. As últimas aberturas de capital feitas no Brasil foram na primeira semana de agosto, da Oncoclínicas e da Raízen. Desde então, quando o governo começou a sinalizar que o teto de gastos não seria respeitado em 2022, os IPOs pararam. headtopics.com

Pelo menos 30 empresas se preparam para lançar ações
Foto: Daniel Teixeira/Estadão

Nos bancos de investimento o clima ainda é de incerteza sobre como vai de fato se comportar a janela de captações em 2022. Na reta final de 2021, mesmo os IPOs nos Estados Unidos, que vinham em ritmo forte, foram afetados e empresas tiveram que rever condições……Leia mais em Estadão 27/12/2021