A Penguin Random House, maior grupo editorial do mundo, e a Simon & Schuster, sua rival americana, decidiram desmantelar o acordo de aquisição de US$ 2,2 bilhões. A decisão foi anunciada pela Bertelsmann, grupo alemão que controla a PRH.

Inicialmente, a ideia da empresa alemã era recorrer na justiça americana a uma decisão que havia impedido a fusão alegando que ela afetaria a remuneração de autores no mercado editorial dos EUA. Agora, a Bertelsmann afirma que “vai avançar no crescimento do seu negócio global de publicações sem a anteriormente planejada fusão da Penguin Random House com a Simon & Schuster”.

A informação foi confirmada pela agência Reuters. No domingo, a agência havia dito que a empresa alemã não tinha conseguido convencer a Paramount Global, dona da Simon & Schuster, a estender o contrato e apelar da decisão da justiça. O Departamento de Justiça do governo americano afirmou ter ficado “satisfeito” com o recuo na negociação.

Penguin Random House recua do acordo de aquisição

Com a dissolução do contrato, a Penguin vai pagar uma multa de US$ 200 milhões para a Paramount.

Em outubro, um juiz americano no Distrito de Columbia havia decidido que a conclusão do negócio poderia diminuir substancialmente a competição “no mercado de direitos de publicação dos livros mais vendidos”. A decisão foi considerada surpreendente por não utilizar o argumento mais comum de que afetaria os preços para o consumidor, e sim a remuneração dos autores.

Entre os autores mais vendidos da Penguin nos EUA, estão Ina Garten, Zadie Smith e Danielle Steele, enquanto que a Simon & Schuster publica nomes como Stephen King, Jennifer Weiner e Hillary Clinton, entre muitos outros… leia mais em Publishnews 23/11/2022