Empresas de capital aberto auditadas precisam avaliar, todos os anos, sua saúde financeira, a partir dos dados de seus balanços, a fim de reafirmar o pressuposto de continuidade dos negócios, ou se há dúvida sobre ele um consequente risco de insolvência.

Levantamento da consultoria GlobalData aponta que, no ano passado, cerca de 12 mil dessas companhias, no mundo, colocaram em dúvida a continuidade a seus negócios. Apesar de essa quantidade ser 9% inferior à de 2020, ainda é um número muito alto, de acordo a consultoria, ressaltando que, em 2016, foram pouco mais de 4 mil.

Rinaldo Pereira, analista de negócios da GlobalData, comenta, em nota, que essa queda no percentual de dúvida sobre continuidade ou não dos negócios “pode indicar que as empresas estão mais otimistas em relação aos seus balanços”.

“No entanto, com quase 12.000 empresas ainda discutindo sua continuidade, indica que as preocupações permanecem apesar do estímulo financeiro fornecido pelos governos em todo o mundo”, avalia, acrescentando que esses processos demonstram o impacto financeiro que as restrições impostas pela pandemia causou nas empresas.

O levantamento aponta que companhias sediadas na Ásia e região do Pacífico discutiram mais as questões de manutenção de seus negócios do que as norte-americanas.

Pereira ressalta que, nesses processos de discussão sobre continuidade ou não das atividades, menos empresas relacionaram termos como “perdas” e “passivos” do que em 2020. Por outro lado, o termo “’incerteza” foi o mais mencionado…leia mais em Valor Investe 11/02/2022