A flexibilização das regras para investimentos em startups (“crowdfunding”) pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) começa a ter efeitos práticos no mercado. Umas das principais alterações foi permitir uma espécie de mercado secundário, que visa dar mais liquidez para os investidores. Foi pensando nisso que o ex-executivo da Amazon Web Cloud (AWS) Fred Santoro se uniu à plataforma de crowdfunding Divihub para criar um “venture market” no Brasil, que no futuro pretende ser uma “bolsa de startups”. A ideia é selecionar e orientar novos negócios que desejam receber investimentos públicos ou privados, a depender do apetite dos empreendedores.

Chamada de Raketo, a plataforma vai iniciar suas operações com três startups — a empresa de bebidas Don Luiz, a Gria, de recursos humanos, e a Éleme, de manutenção de condomínios. Até o fim do ano outras três devem abrir para captações. E em 2023, mais 24 startups devem fazer suas emissões, considerando os investimentos em crowdfunding. Até lá, o objetivo de Santoro é captar R$ 45 milhões. Segundo dados da CVM, o mercado de financiamento a startups captou R$ 188 milhões em 2021, um crescimento de mais de 1300% desde 2016. Os planos para a Raketo incluem operações nos Estados Unidos e na Europa.

Plataforma planeja ser uma 'bolsa de startups'

“Minha meta é que 5% das carteiras de investimentos das pessoas seja de investimentos em startups. É menos arriscado do que investir em criptoativos”, diz Santoro. Para o “venture market”, o empreendedor decidiu buscar investidores privados, que entende como estratégicos. Juntaram-se a ele como sócios o co-fundador do C6 Bank Tiago Galli e o empreendedor e ex-executivo do Citi e do Itaú BBA, Yan Tironi… leia mais em Valor Investe 17/08/2022