O fundo canadense Ethical Capital Partners (ECP) anunciou nesta quinta-feira, 16, a compra da problemática MindGeek, empresa que opera o Pornhub, o maior site de pornografia da internet. Os termos da transação não foram divulgados.

A MindGeek, com sede em Luxemburgo, mas com uma grande sede em Montreal, tem sido alvo de vários processos por supostamente lucrar com a distribuição de pornografia infantil e vídeos de sexo não consensual, acusações que a empresa nega.

“Estamos engajados com a equipe da MindGeek e com as partes interessadas, criadores de conteúdo, advogados, agentes da lei, aliados da sociedade civil e legisladores para informar nossos esforços no fortalecimento da segurança das plataformas MindGeek, indo além das obrigações legais e regulatórias”, disse, em comunicado, Solomon Friedman, sócio-fundador da ECP.

Fundada em 2004, a MindGeek opera um enorme portfólio de sites de entretenimento adulto, incluindo Pornhub, YouPorn, Redtube e Men.com.

Pornhub maior site de pornografia da internet é comprado por fundo canadense

No entanto, a líder do mercado pornô na internet tem enfrentado crescente escrutínio desde dezembro de 2020, quando o The New York Times publicou um artigo acusando o site de postar conteúdo ilegal na internet, incluindo conteúdo relacionado a pornografia infantil e vídeos de estupro.

A situação levou os legisladores canadenses a questionar a empresa sobre os supostos abusos. As empresas de cartão de crédito Mastercard e Visa suspenderam os pagamentos ao Pornhub. Os principais executivos da empresa renunciaram em junho do ano passado.

Em entrevista ao Financial Times, o advogado Solomon Friedman, sócio e cofundador da ECP, disse acreditar que os processos, bem como as críticas à MindGeek, decorrem de um mal-entendido sobre como a empresa agora está protegendo seu conteúdo, que foi estimulado em parte pelo sigilo em torno dos donos anteriores.

“Quero me envolver regularmente com as partes interessadas, incluindo a mídia”, disse ele, acrescentando que os novos proprietários querem tornar a operação mais transparente. / AFP… leia mais em Estadão 17/03/2023