Japan Industrial Partners, Bain Capital, Brookfield Asset Management e CVC Capital Partners são os investidores convidados para uma segunda rodada de oferta pela Toshiba, apurou o “Nikkei Asia”.

A Japan Industrial Partners apresentou uma oferta conjunta com a Japan Investment Corp.

O fundo Blackstone não foi convidado para a próxima rodada. A KKR não apresentou uma oferta.

Dado o envolvimento da Toshiba na energia nuclear, que o Japão designa como um setor de negócios estratégico “núcleo” sob sua Lei de Câmbio e Comércio Exterior, qualquer compra estará sujeita ao escrutínio regulatório do governo.

É improvável que os investidores estrangeiros recebam luz verde por conta própria, aumentando a probabilidade de uma maior coordenação entre eles e os fundos de investimento japoneses.

Quatro investidores passam para segunda etapa

O grupo industrial japonês recebeu dez propostas estratégicas até o fim de maio. Oito envolviam tornar a empresa fechada, enquanto duas eram para alianças de capital que a manteriam em bolsa.

A Toshiba avaliou as propostas com base em fatores como preço de oferta, planos de financiamento e potenciais obstáculos regulatórios. As quatro propostas escolhidas incluem opções de fechamento e aliança de capital, segundo fontes. Os investidores começarão a conduzir a diligência à medida que avançam.

A regulamentação antitruste na China e em outros mercados onde a Toshiba opera também pode representar um obstáculo.

A Toshiba entrou em crise após um escândalo contábil descoberto em 2015, seguido por uma grande perda contabilizada em seu negócio de energia nuclear nos Estados Unidos no fim de 2016.

A empresa emitiu cerca de 600 bilhões de ienes (US$ 4,34 bilhões nas taxas atuais) em novas ações em 2017 para evitar reportar um patrimônio líquido negativo pelo segundo ano consecutivo. Isso resultou em vários investidores ativistas tornando-se acionistas-chave, exercendo influência sobre as decisões de gestão.

A Toshiba anunciou em novembro um plano de divisão em três ramos, com o objetivo de aumentar o valor corporativo. Em fevereiro, a Toshiba disse que se dividiria em dois. Mas, apesar da posição da empresa de que isso aceleraria a tomada de decisões, o preço de suas ações continuou definhando. Os acionistas rejeitaram a ideia em uma reunião em março, forçando a Toshiba a considerar a sua venda a um investidor mais seriamente…. leia mais em Valor Econômico 20/07/2022