A Inter de Milão contratou o banco Goldman Sachs e a butique financeira Raine Group para encontrar um novo dono, segundo o Financial Times. A americana Raine foi responsável pela transação de venda em volume recorde do Chelsea, por 2,5 bilhões de libras, o que explica sua contratação.

O controle do clube italiano foi comprado em 2016 pela varejista chinesa Suning, numa onda de investimentos asiáticos em futebol europeu que agora vem sendo revertida. A chinesa pagou 270 milhões de euros pela fatia acionária.

Mas o endividamento da companhia chinesa virou um problema, no comércio e no futebol — a Suning foi resgatada por um aporte de US$ 1,4 bilhão do governo local e pela acionista Alibaba durante a pandemia, e levantou capital caro com o fundo alternativo da Oaktree para financiar a Inter.

Quem vai comprar a Inter de Milão?

A situação financeira delicada da Suning já havia despertado o interesse de outros investidores pela Inter de Milão. No ano passado, a mídia italiana relatou que o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, estava interessado em ficar com o time italiano, ampliando uma aposta no futebol como soft power — os sauditas já controlam o Newcastle, um clube inglês.

Atualmente, a Inter de Milão é comandada pelo filho do fundador da Suning, o herdeiro e empresário Steven Zhang. O rival Milan, atual campeão italiano após longos anos de vacas magras, foi comprado neste ano pelo grupo americano RedBird Capital, que pagou 1,2 bilhão de euros à Elliot Management… leia mais em Pipeline 18/10/2022