Levantamento preliminar do Portal de Fusões & Aquisições indica 1.880 negócios de M&A realizados no ano de 2021, representando crescimento de 63% do volume de transações, comparadas com as 1.151 registradas em 2020. Nesse volume estão considerados os números conhecidos até a presente data para dez/21, de 165 operações.

Quanto aos montantes dos negócios realizados no acumulado do ano estima-se o total de R$ 715 bilhões, representando um crescimento 105% em relação a 2020.

A concentração do volume das transações se verificou no porte de até R$ 50 milhões, com 58% do total.

O maior crescimento na segmentação por porte das transações ocorreu nos negócios superiores R$ 500 milhões, uma vez que seu volume mais do que dobrou em relação ao ano anterior.

Volume de operações de M&A em 2021

As maiores transações de 2021- TOP 3, foram:

  • A Hapvida e a Notredame Intermédica chegaram a um acordo para fundir suas operações, juntando dois gigantes regionais verticalizados de saúde para criar uma companhia nacional com valor de mercado de cerca de R$ 110 bilhões – fev/21;
  • 3G Capital compra multinacional de persianas Hunter Douglas por US$ 7,1 bilhões – O grupo 3G Capital, dos brasileiros Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, fechou um acordo de US$ 7,1 bilhões ( cerca de R$ 39,5 bilhões) para aquisição do controle acionário da Hunter Douglas, multinacional holandesa de persianas, cortinas e fabricante de produtos arquitetônicos – dez/21;
  • BTG Pactual arremata controle de InfraCo da Oi por R$ 12,9 bilhões Em leilão a proposta de R$ 12,9 bilhões do BTG Pactual pelo controle da InfraCo (a unidade de infraestrutura da Oi) foi homologada pela 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro – jul/21;

Entre os segmentos com maior apetite por M&A em 2021 destacam-se:

  1. Tecnologia da Informação (TI) ;
  2. Telecomunicações e Mídia;
  3.  Hospitais E Lab. De Analises Clínicas Saúde;
  4.  Instituições Financeiras;
  5. Outros;
  6. Alimentos, Bebidas e Fumo;
  7. Companhias Energéticas;
  8. Transportes;
  9. Educação;
  10. Produtos Químicos e Farmacêuticos

As Ofertas Iniciais de Ações – IPOs, segundo relatório da B3 (de nov/21), alcançaram 45 ofertas, que captaram R$ 65,2 bilhões, uma alta de 48,5% em comparação a 2020, quando aconteceram 29 IPOs. Se incluir as operações de Follow-Ons, totalizam 71 e alcançam o montante de R$ 130,1 bilhões.

Em termos globais depois de praticamente dois anos após o início da pandemia, as expectativas são de que o ritmo de M&A permaneça forte no ano que vem, a exemplo que ocorreu em 2021. E para o Brasil, o cenário de 2022, continua de otimismo, mesmo com a cautela dos investidores por conta do ano eleitoral. .autor Ruy Moura. Fonte Portal de Fusões & Aquisições –