Se a enxurrada de soluções tecnológicas criadas por agtechs não for acompanhada de mão de obra qualificada e constantemente treinada, os ganhos de produtividade necessários para fazer mais com o uso sustentável dos recursos naturais podem ficar apenas no papel, aprofundando uma desigualdade já flagrante entre o campo e a cidade.

Em uma aposta para ocupar a lacuna da educação no meio rural, a 10b — gestora da SK Tarpon dedicada a investimentos no agronegócio — e a GK Ventures, firma de investimentos de impacto de Eduardo Mufarej, acabam de adquirir uma participação de 33% no Rehagro, uma escola e faculdade de Belo Horizonte que almeja se tornar a referência brasileira em educação aos profissionais do agro, do ensino técnico à pós-graduação.

“Falta mão de obra para o manuseio de tecnologia. Às vezes, uma máquina agrícola de R$ 1 milhão é operada por um profissional apenas com ensino fundamental”, ilustra Patrícia Nader, sócia da GK Ventures. Enquanto a população brasileira possui, em média, dez anos de ensino, os habitantes do campo ficaram menos de seis na escola, o que exige um esforço para mudar esse quadro.

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Rehagro a faculdade do campo
Foto: Divulgação

A entrada dos investidores, que fizeram um aporte de valor não revelado, vai preparar a Rehagro para uma nova etapa de crescimento, lançando certificações para os operadores — os peões que lidam com o dia a dia da fazenda — e ajudando a dar tração aos cursos de graduação nas carreiras do agro, além dos cursos de extensão e pós-graduação que fizeram a Rehagro mais ..Leia mais em Pipeline 28/01/2022