O grupo asiático Royal Golden Eagle (RGE) não se deu por vencido ao perder a negociação pelos ativos da Kimberly-Clark no Brasil para a Suzano. Interessado na expansão no segmento de tissue no Brasil, encontrou um M&A no país para chamar de seu. A RGE acaba de fechar a aquisição da baiana OL Papéis, apurou o Pipeline.

No Brasil, a RGE opera por meio da Bracell, uma das maiores produtoras mundiais de celulose e que conta com unidades de produção na Bahia e em São Paulo. A aquisição da OL antecipa em pouco mais de um ano a entrada da asiática no mercado brasileiro de tissue em relação ao cronograma de investimento orgânico. Isso porque a empresa anunciou, no ano passado, a construção de uma fábrica de papeis sanitários em Lençóis Paulista com previsão de operação a partir do segundo trimestre de 2024.

RGE compra OL Papéis

A OL tem três fábricas na Bahia e em Pernambuco, que produzem cerca de 50 mil toneladas de papel higiênico sanitário por ano, das marcas Velud, Familiar e Absoluto, além da fabricação de papel toalha e lenços, e mais de 30 milhões de fraldas por mês, com a marca própria Fofura Baby.

A operação da OL, sediada em Feira de Santana, começou em 2007 e foi ampliando escopo nos últimos anos, aproveitando a demografia na região e menor competição local. A estimativa de mercado é que companhia responda hoje por cerca de 20% do mercado de papéis higiênicos do Nordeste.

A transação deu a OL Papeis um enterprise value (equity e dívida) da R$ 500 milhões, apurou o Pipeline. Segundo fontes próximas às companhias, a RGE foi assessorada pelo Bradesco BBI e a OL Papeis pela butique Fortezza… leia mais em Pipeline 12/01/2023