Tono Mandly não considera sua empresa, Riogrande um agregador de e-commerce, mas sim como aquele cuja missão é construir marcas locais, por meio de aquisição e incubação, para a emergente classe média de consumidores latino-americanos.

A América Latina continua sendo um dos mercados de comércio eletrônico que mais cresce no mundo, com US$ 100 bilhões em mercado total endereçável, destacou. No entanto, continua sendo um mercado altamente fragmentado, onde apenas os consumidores mais ricos têm a capacidade de comprar produtos dos EUA, enquanto meio bilhão de pessoas nas classes média e baixa precisam recorrer à China para produtos mais baratos e de qualidade inferior, acrescentou Mandly.

Ele e Federico Naides fundaram a empresa na Cidade do México em 2020 para fechar essa disparidade incubando marcas e adquirindo marcas pequenas e médias que vendem em marketplaces como MercadoLibre e Amazon. Eles vêm de origens que incluem Rocket Internet e Delivery Hero.

“Estamos construindo grandes marcas locais para a classe média e baixa, principalmente criando novas marcas do zero, mas também fazendo algumas aquisições onde podemos multiplicar a marca em 30 vezes”, acrescentou Mandly. “Ao contrário dos agregadores, dos quais existem alguns na América Latina reunindo algumas marcas com arbitragem múltipla, estamos focados no jogo de crescimento e em como automatizar o processo de crescimento para que as empresas vejam crescimento em um mês que outras veem em um mês. ano.”

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Embora os agregadores de comércio eletrônico tenham surgido em todo o mundo, é um conceito bastante novo na América Latina, mas experimentando um crescimento explosivo, impulsionado em parte pelo impacto da pandemia global no comércio eletrônico. Muitos estão tendo sucesso, por exemplo, Merama, que atingiu uma avaliação de US$ 1,2 bilhão apenas 12 meses após a incorporação, Quinio, que anunciou US$ 20 milhões em financiamento inicial para adquirir cerca de 30 empresas, e Wonder Brands, que também arrecadou US$ 20 milhões.

Ao contrário dos agregadores, que Mandly explicou que visam adquirir centenas de marcas, Riogrande está buscando algo mais íntimo, talvez 30 marcas com receita de US$ 30 milhões por ano. Ela adquirirá cerca de metade desses e criará a outra metade.

Riogrande se concentra em marcas como casa, cozinha e beleza, e depois de passar pelo lote de primavera de 2020 da Y Combinator já levou várias marcas no espaço doméstico de zero a US $ 1 milhão em receita em um período de dois meses.

Para ajudar a empresa a escalar seu plano, ela arrecadou US$ 12 milhões em ações em uma rodada liderada por Y Combinator e Wollef, com participação de investidores individuais, incluindo Arielle Zuckerberg e Justin Mateen.

Mandly disse que parte do financiamento já foi aplicado no desenvolvimento de tecnologia, para que a Riogrande possa automatizar todos os processos de crescimento da marca e cadeia de suprimentos e fazer mais algumas aquisições. Ele espera também fechar uma rodada da Série A nas próximas semanas.

No ano passado, a empresa dobrou sua receita com a meta de atingir US$ 1 bilhão em receita com 35% de margem EBITDA. A Riogrande já é lucrativa, e Mandly diz que agora pode alternar confortavelmente entre crescimento e lucratividade.

“Estamos de cabeça baixa para trabalhar, continuar crescendo e manter as taxas de crescimento com nossas marcas”, acrescentou. “Os fundadores estão nos procurando porque não há outros players que tenham nossas taxas de crescimento.”…saiba mais em Teg6 01/03/2022