Seguradoras esperam boom com Copa, Olimpíada e classe média
As obras de infraestrutura e o aumento de renda da população vão catalisar o mercado de seguros no Brasil, proporcionando um crescimento sustentado do setor.
Ao menos essa é a expectativa de instituições como Bradesco Seguros, Porto Seguro e Brasilcap, que participaram nesta segunda-feira de seminário organizado pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais do Rio (Apimec-Rio).
Na análise do superintendente de planejamento estratégico e de relações com investidores da Porto Seguro, Samy Hazan, o segmento poderá dobrar de tamanho em dez anos, passando dos atuais 5% para 10% do Produto Interno Bruto (PIB). O desempenho, segundo ele, decorrerá das obras necessárias de infraestrutura, aceleradas devido à realização de eventos como a Copa e a Olimpíada, além do esperado aumento da classe média, em razão da elevação da renda dos trabalhadores.
“A atual penetração de seguro no país, em relação ao PIB, ainda é muito baixa se comparada a de países desenvolvidos, onde chega a 10% do PIB”, diz Hazan.
O diretor comercial da Brasilcap, Joilson Rodrigues Ferreira, ressalta que a expansão dos serviços bancários também impulsionará o setor. Braço de de capitalização do Banco do Brasil, a empresa utiliza as agências do banco para a venda de seus produtos.
“O Banco do Brasil tem uma grande capilaridade e, com a incorporação do Banco Postal (dos Correios), seu campo de ação aumentou. O banco está espalhado por muitas cidades do interior do país. Esses municípios serão o grande mercado a ser explorado nos próximos anos e vamos nos beneficiar disso”, afirma Ferreira.
De acordo com ele, a Brasilcap registrará crescimento de 15% em sua receita bruta em 2011, atingindo cerca de R$ 3 bilhões. Ano passado, a receita bruta da companhia chegou a R$ 2,7 bilhões. Para 2012, a estimativa também é crescer 15%. Por Diogo Martins Fonte:Valor31/10/2011