A Sequoia Capital, segundo maior acionista do Nubank, não tem planos de vender suas ações do banco digital, disse Doug Leone, sócio-gerente global da empresa. O período de restrição para a venda (“lock-up”) de cerca de 90% das ações do Nubank, imposto depois da oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês), terminou nesta terça-feira (17).

“Na verdade, estou muito otimista em relação ao Nubank”, disse Leone em entrevista em vídeo. “Haverá menos concorrência. Outras startups não serão tão capazes de competir tanto, pois há escassez de venture capital (de risco)”

As ações do Nubank, com sede em São Paulo, o maior banco digital independente do mundo, afundaram mais de 50% desde seu IPO, prejudicadas pela queda global das ações de tecnologia e por preocupações sobre a rapidez com que pode crescer diante da estagnação da economia brasileira e da alta dos juros.

O Nubank atenuou algumas das preocupações na segunda-feira, entregando um lucro no primeiro trimestre frente a expectativas de prejuízo. O fundador e CEO David Vélez disse que também não venderá ações.

Sequoia Capital diz não ter planos

A Sequoia, uma das principais empresas de capital de risco do mundo, vem apoiando o Nubank desde o início, depois de entrar com US$ 1 milhão em sua rodada inicial, em 2013. O maior desafio do banco digital agora está em “gerir o moral dos funcionários olhando para o preço das ações hoje”, disse Leone, acrescentando que o Nubank está bem capitalizado e tem depósitos de consumidores suficientes para se sair bem em uma crise.

“O preço das ações hoje não tem nada a ver com onde estará em 2025”, disse Leone. “E o futuro do Nubank é muito brilhante.”… leia mais em Valor Econômico 17/05/2022