Há quatro meses a Viveo, um dos maiores fornecedores de materiais hospitalares e medicamentos, abria capital na B3. Desde então, concluiu nove aquisições, acelerando o ritmo de compra de ativos imposto nos últimos quatro anos. O CEO da companhia, Leonardo Byrro, comenta que o processo de consolidação no setor de saúde foi uma das consequências trazidas pela pandemia.

Quando tudo terminar, ele imagina um cenário com grandes conglomerados onde antes havia um mercado fragmentado. E garante que a Viveo irá liderar um deles. “Seremos um dos grandes grupos. Com a missão de simplificar e democratizar o mercado da saúde”, disse o executivo, ao programa Olhar de Líder. O capital estrangeiro está pronto para participar do movimento. Mas, na opinião de Byrro, “está esperando, talvez, algumas definições”. Quais? “Políticas, econômicas, fiscais.”

A seguir, um resumo da entrevista que pode ser acompanhada na íntegra em vídeo no Broadcast TV.

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Broadcast: A estratégia de compra de ativos verificada logo após o IPO vai continuar?

Leonardo Byrro: Nos últimos quatro anos fizemos mais de 15 aquisições nos diversos segmentos de atuação da Viveo. Havíamos feito uma captação privada de recursos no fim de 2019 e o IPO foi uma nova injeção de capital para continuar financiando o crescimento. Em agosto, quando fizemos o IPO, levantamos quase R$ 2 bilhões e, de lá para cá, fizemos mais nove aquisições. A somatória de faturamento dá algo superior a R$ 2,5 bilhões. Estamos sempre olhando oportunidades de mercado. M&A para a gente é sempre um “como”, uma forma de chegar a algum lugar; não é um “que”, uma estratégia em si só. Não dá para garantir que vai continuar tão ativo quanto foi, mas estamos com um pipeline bastante intenso de novas oportunidades.

Broadcast: Quantos ativos estão avaliando?

Byrro: Temos hoje mais de dez empresas no pipeline. Diria que duas ou três estão em estágio mais avançado, eventualmente podem acontecer. Mas isso é uma constante do nosso negócio. Acabamos de fazer uma captação de dívida de R$ 530 milhões para poder financiar novos movimentos.

Broadcast: E vão manter o foco na distribuição de produtos médicos ou diversificar?

Byrro: Temos uma divisão mais nova, que chamamos de serviços e tecnologia. Além de crescer a nossa oferta de produtos para todos os perfis de clientes – hospitais, clínicas, laboratórios – levamos serviços para ajudar os clientes em seus negócios. Fizemos uma aquisição no passado, a Far.me, uma startup de medicamentos em casa, e tem outras oportunidades, mas sempre dentro do segmento de saúde….Saiba mais em estadao.10/12/2021