A SMU, uma das maiores plataformas de crowdfunding do país, acaba de realizar a maior captação do tipo já feita no país, levantando R$ 7 milhões para ela mesma.

O financiamento através da própria plataforma é comum no nicho da SMU. Em outubro do ano passado, a concorrente EqSeed levantou R$ 5 milhões, o que na época foi um recorde interno.

“Essa conquista faz parte do nosso objetivo de expandirmos os horizontes de atuação e embarcar com formatos variados de investimento para o mercado de startups. É uma grande conquista para nós, mas sobretudo para o mercado”, comemora Diego Perez, CEO da SMU Investimentos.

A SMU vai investir o dinheiro no Estar, o que se conhece no jargão de investimentos como um mercado secundário.

No começo do ano, as autoridades reguladoras liberaram a possibilidade dos investidores revenderem as suas participações, transformando o investimento pelas plataformas numa espécie de mini-abertura de capital.

SMU faz captação recorde
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Desde então, as plataformas têm corrido para criar os tais mercados secundários, para permitir a compra e venda desses ativos, o que é uma nova frente de negócios para elas.

As plataformas de crowdfunding, que selecionam startups nas quais investidores podem fazer investimentos de pequeno porte, são um mercado relativamente recente que tem crescido de maneira acelerada.

Em 2017, quando a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) regulamentou o equity crowdfunding, existiam apenas cinco plataformas ativas no mercado.

Desde então, o volume de captação de recursos pelo modelo cresceu 1.366% em quatro anos, segundo dados da CVM.

No primeiro ano, o montante total de captação correspondia a R$ 12,8 milhões. Em 2021, saltou para R$ 188 milhões.

Em julho, a CVM afrouxou as regras, triplicando o volume máximo dos aportes para R$ 15 milhões e quadruplicando o tamanho máximo da startup fazendo a captação para R$ 40 milhões de receita bruta anual… leia mais em Baguete 21/11/2022