A SouthRock chegou hoje à assembleia de credores com duas mudanças relevantes em sua proposta de recuperação judicial, que vinham sendo ponto de debate com os detentores de dívida. Ao invés de apostar numa expansão da rede de lojas em restaurantes e rodovias, a BAR, sob comando de seu fundador Ken Pope, para quitar o endividamento, a companhia agora topou segregar essa rede (ou parte dela) em uma unidade de negócio que será colocada à venda e propôs a saída do administrador após um período de transição.

Apesar do avanço nas negociações, a SouthRock ainda não conseguiu apoio suficiente para aprovação do plano nesta quarta-feira e marcou uma votação para o próximo dia 26. A intenção é apresentar um novo plano até o dia 22, aparando as arestas finais, para garantir apoio da maioria dos credores na próxima assembleia.

Ainda não está claro para os credores o destino dos recursos do grupo após a venda da rede de pontos da Starbucks para a Zamp, que foi acertada por R$ 120 milhões, e também há dúvidas em relação ao novo financiamento anunciado pelo grupo.

O SouthRock possui a Brazil Airport, que controla as lojas em aeroportos, a Brazil Highway, das unidades em rodovias, além da licença das TGI Fridays e Subway e marcas de terceiros como Gendai, Mr Baker, Mania de Churrasco e Giraffas. A revisão do plano propõe que esses ativos sejam agregados em um Unidade Produtiva Isolada (UPI), para venda até o fim de 2025. Ainda há uma definição a ser feita sobre os detalhes, como o preço mínimo para leilão e que ativos vão entrar na UPI, que precisa estar livres de qualquer ônus para o desinvestimento ser efetivado.

Acontece que as ações da Brazil Airport e Brazil Highway foram dadas em alienação fiduciária para um empréstimo DIP, que tem preferência no pagamento em relação aos demais credores, que a companhia negociou com o Katch Fund no valor de R$ 25 milhões. O financiamento seria feito por meio do Special Opps Fundo de Investimento Multimercado Crédito Privado, administrado pelo Master. O Katch Fund tem sede em Luxemburgo e tem um crédito de R$ 135 milhões para receber da SouthRock. “O grande receio é o que vai sobrar para os credores com a alienação de tudo”, disse um credor…. leia mais em Pipeline 07/08/2024