O gosto dos chineses pelo setor elétrico brasileiro se confirma com mais uma aquisição da Spic Brasil, subsidiária da State Power Investment Corporation of China (Spic), agora no setor solar. A empresa comprou o controle, 70%, em dois projetos solares greenfield (novos) da Canadian Solar e juntas vão investir mais de R$ 2 bilhões.

A aquisição passará pelo aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). As usinas juntas somam 738 megawatt-pico (MWp) de potência.

O maior empreendimento, o projeto Marangatu, fica no município de Brasileira, no Piauí, e terá uma capacidade instalada de 446 MWp de potência. Já o menor se chama Panati-Sitiá e fica em Jaguaretama, no Ceará, e terá 292 MWp de capacidade instalada.

Em equivalência energética, as plantas poderiam gerar eletricidade igual ao consumo anual de 900 mil casas.

Spic compra controle de usinas
Imagem/Canadian

No Brasil, a Spic atua em geração térmica, hídrica e eólica e agora dá o pontapé inicial no segmento solar. No mundo, a estatal chinesa já tem experiência no setor.

Para a Canadian, a conclusão da venda deve monetizar 2,3 GW de potência em projetos solares em escala no Brasil.

Cerca de 75% da energia gerada nos parques estão comprometidas através de contratos de longo prazo (PPA, no jargão do setor). O restante da energia produzida será comercializada no mercado livre… leia mais em Valor Econômico 02/06/2022