Fundada em 2018, a Leadster atua com chabot para a geração de leads para as áreas de marketing e vendas das companhias.

Plataforma de marketing conversacional, a Leadster recebeu R$ 3,5 milhões em rodada seed liderada pela GVAngels. O grupo de investidores-anjo formado por ex-alunos de FGV colocou R$2,2 milhões no negócio.

As seis lições de marketing

Esse é o o maior valor aportado em reais pelo grupo fundado em 2017 e no estágio de capital semente. Formada por 340 ex-alunos, a rede já investiu mais de R$45 milhões em 50 startups no Brasil, América do Norte e na Europa. Os recursos restantes vieram da Silver Angels e de outros investidores que participaram do follow on.

Segundo Augusto Tonza, responsável por conduzir o processo de captação da Leadster na GVAngels, o elevado interesse na startup está relacionado à qualidade do serviço prestado pela plataforma, que se saiu melhor em comparação com outras 18 soluções.

“De longe, a Leadster é a melhor em termos de facilidade de experimentação”, afirma. Além disso, os investidores gostaram do compromisso e da visão dos fundadores, Gustavo Luby e Fabrício Toledo.

Os dois jovens, hoje com 25 e 24 anos, respectivamente, criaram a startup logo após a conclusão do ensino médio técnico em tecnologia por acreditar que o futuro da interação entre pessoas, empresas e computadores seria pela conversação.

O que a Leadster faz
Eles fundaram a empresa com o nome de Neurologic em 2018, reposicionada no último ano para acompanhar as mudanças do marketing digital:

Custos mais elevados dos anúncios – com o crescimento do mercado digital e a entrada de novas empresas neste ecossistemas, os valores cobrados pelas plataformas aumentou
Escassez de atenção dos usuários: o tempo dos usuários é cada vez mais disputado, o que requer que as empresas tenham processo ágeis e eficientes de comunicação para criar conversas
Leis de privacidade e fim dos cookies de terceiros: a adoção de novas regulamentações faz com que as empresas precisem encontrar formas de captar dados primários dos potenciais consumidores
A adtech mudou o foco da operação de criação de chatbots de atendimento ao consumidor, o famoso SAC, para a geração de leads para as marcas.

“A gente entendeu que existia uma necessidade que era aumentar a geração de leads dos sites, transformar a troca entre o visitante e a empresa em uma conversa e, com isso, aumentar os resultados que os sites têm”, afirma Fabricio Toledo, cofundador e CEO da Leadster.

Basicamente, logo que um usuário entra em um site de uma marca cliente da Leadster, a plataforma começa a “puxar assunto”, de acordo com a origem do canal de comunicação e da estratégia por onde ele veio, como Facebook, Google e Instagram.

A abordagem é personalizada, traçada a partir da campanha que impactou cada pessoa, e procura obter dados como nome, telefone e email para contato.

No portfolio, a startup conta atualmente com cerca de 2800 clientes, entre pagos e gratuitos – benefício dado a site que geram, no máximo, 30 leads por mês.

Entre os grandes, estão marcas como Neogrid, Engie, Ifood benefícios e Totvs, na frente do negócio corporativo. No B2C, atende imobiliárias, construtoras e empresas de investimentos, companhias com ciclo de vendas mais longo.

Como a empresa irá usar os recursos
As duas unidades de negócios respondem por fatias iguais no faturamento, 50%. No último ano, a operação cresceu mais de 200%, após ter faturado 1,7 milhão de reais em 2021.

Nos próximos dois anos, o objetivo é continuar a trajetória de dobrar de tamanho a cada 12 meses, pavimentando o caminho para uma rodada de investimentos série A.

Para conectar o desejo com a realidade, a Leadster pretende investir na educação do mercado sobre as novas possibilidades no mercado de marketing conversacional e, ao mesmo tempo, evoluir o produto que oferece.

“Queremos aliar o produto às novas ferramentas de marketing que são a IAs generativas, como imagens geradas por algoritmo e textos gerados por algoritmos”, afirma Toledo. “A grande iniciativa é expandir o produto para ele ter mais inteligência e conseguir automatizar as abordagens aos diferentes públicos que os sites têm de oferta”. Fonte: Exame Leia mais em jornalfloripa 25/01/2023