Uma startup de biotecnologia que trabalha para trazer de volta animais em extinção levantou US$ 200 milhões em nova rodada de investimentos e agora chega a uma avaliação de US$ 10,2 bilhões, mais de seis vezes sua avaliação de apenas dois anos atrás.

A Colossal Biosciences está usando estudos genéticos de animais extintos para tentar ressuscitar o dodô, o tigre da Tasmânia e o mamute-lanoso. O cofundador e CEO Ben Lamm diz que a empresa está no caminho certo para produzir um filhote de mamute-lanoso nascido de uma mãe elefante substituta até o fim de 2028.

A Colossal Biosciences, sediada em Dallas, disse que levantou a nova rodada de financiamento de um investidor, a TWG Global, elevando o total de dinheiro levantado para US$ 435 milhões.

Não faremos nada até obtermos os genomas corretos”, disse Lamm em uma entrevista, acrescentando que a empresa estava na fase de edição de células do projeto, o que significa que ela identificou os genes-alvo a serem trabalhados. A Colossal está tentando criar o filhote editando genes de mamute, obtidos de amostras antigas encontradas na tundra congelada, em genes de células de elefante asiático.

Além do fascínio óbvio de uma façanha científica no estilo Jurassic Park, os esforços de desextinção da empresa visam expandir a biodiversidade, ajudar a restaurar o equilíbrio dos ecossistemas e beneficiar outros animais.

No entanto, muitos cientistas são céticos em relação aos esforços, questionando sua validade e se os animais reintroduzidos poderiam sobreviver atualmente, principalmente devido às mudanças climáticas, à redução do habitat e ao maior número de espécies invasoras. O mamute-lanoso foi extinto em sua maior parte há 10.000 anos, embora algumas populações tenham sobrevivido até 4.000 anos atrás.

Devido ao uso de células de elefante asiático pela Colossal, Karl Flessa, paleontólogo da Universidade do Arizona, questiona se o resultado será realmente um mamute-lanoso. Ele também questiona a viabilidade de liberação de um animal desse tipo no habitat natural do mamute-lanoso, a tundra ártica, que está diminuindo… leia mais em InvestNews 15/01/2025