Uma larva comendo uma carcaça de um animal morto pode inspirar ojeriza em muita gente, mas nos empresários Olavo Setúbal Jr, Marcos Molina, André Lara Resende, Alain Belda e Antonio Maciel Neto, inspira a visão de uma oportunidade de negócios. Eles acabam de realizar seu segundo aporte na startup de biotecnologia BuzzFly, para a ampliação da produção de proteína da larva da mosca BSF, que pode alimentar desde pets até humanos.

Desde 2021 até o início deste ano, eles vinham colocando recursos na startup fundada por Yuri Macêdo, Leonardo Massi e Leonardo Borges. O montante, que somou R$ 3 milhões até então, vinha apoiando a pesquisa e desenvolvimento da fábrica da BuzzFly em Piracicaba (SP). Agora, o grupo de empresários aportou R$ 4 milhões de uma vez, o que permitirá a construção de uma nova planta em Guarulhos.

Tal como na unidade de Piracicaba, a nova planta terá um criadouro da mosca soldado-negro, mais conhecida como BSF, da sigla em inglês Black Soldier Fly. O inseto, que se parece com uma vespa, alimenta-se de todo tipo de resíduo, e não só de carcaças de animais, mas também de resíduos urbanos e agroindustriais.

No processo produtivo da BuzzFly, a larva da BSF passa sete dias no “berçário” e mais sete na fase de “engorda” — as fases distinguem-se pelo tipo de resíduo dado —, para depois ser “abatida”. Quando morta, ela é desidratada, em um processo que separa o óleo da proteína da larva. No abate, extrai-se 30% de óleo e 45% de proteína. De todas as larvas criadas, 5% são reservadas para a recria…. leia mais em GloboRural 20/08/2024