A startup fluminense Target surgiu em 2011 como uma empresa de soluções para pagamento eletrônico de frete e gestão de frota de caminhões. Agora mudou de nome para Target Bank e quer assumir uma postura de banco digital do setor de logística brasileiro, segundo reportagem da Exame.

A empresa já conta com serviços como o TMPay, meio de pagamento com cashback; Truck, uma conta digital para caminhoneiros; o Rede, com pagamento e gestão para postos de combustível; e o Cash, com linhas de crédito especializadas para o setor de transporte de carga. O novo posicionamento, portanto, serve para consolidar a união de todos esses produtos.

“Estamos indo para um core banking, com produtos estruturados, além dos recebíveis. Algo muito condizente com o momento — da empresa e do mercado”, disse à Exame William Rego, presidente da empresa.

O primeiro ato da mudança foi uma concessão de R$ 3 milhões em crédito concedido pela Target a uma transportadora de veículos de Santa Catarina. Com o aporte, a empresa deve iniciar uma operação de exportação de caminhões de diferentes montadoras para países como Chile e Argentina. No último ano, foram cerca de R$ 20 milhões em empréstimos para companhias de logística por meio do braço financeiro Target Cash, inaugurado em 2021.

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Logística é patinho feio das financeiras?

Segundo Kenji Sabanai, superintendente de crédito do Target Bank, as empresas de logística sofrem para obter crédito por não terem capital de giro ou fôlego para pagar os contratos. “O setor de transportes sempre foi negligenciado pelo setor financeiro. Além da questão setorial, existe uma questão regional, com estados não vistos, e o que fizemos foi aproveitar a nossa vantagem com produtos já voltados para esse setor e o entendimento dele para ganhar vantagem competitiva”, disse ao site Sabanai.

Como Target Bank, a empresa mira ofertar crédito ao setor de frigoríficos. Para este ano, a intenção é movimentar cerca de R$ 100 milhões em empréstimos para empresas da área. A Target tem atualmente 100 mil clientes, incluindo caminhoneiros, empresas e postos de combustíveis.Leia mais em CanalTech 06/01/2022