A Stone (STOC31), fintech brasileira de meios de pagamento, vendeu a posição dela no Banco Inter e a operação tem repercussão hoje no mercado financeiro. As ações da empresa, às 12h, apresentavam alta de 6,43%, cotadas a US$ 11,09 na Nasdaq.

É importante lembrar que a Stone, em 2020, emitiu BDRs (certificados de depósitos que representam ações negociadas fora do Brasil) na B3.

A companhia vendeu 21,5% da posição que tinha no Banco Inter, aproveitando a opção de “cashout” que a instituição financeira comandada por João Vitor Menin ofereceu aos acionistas no processo de migração das ações para a Nasdaq. A operação foi aprovada em maio.

Ao reduzir sua participação, a Stone realizou um prejuízo, num retrato da forte reprecificação das fintechs nos últimos meses. A credenciadora havia investido R$ 2,5 bilhões na oferta subsequente de ações realizada pelo Inter em junho do ano passado, pagando R$ 57,84 por unit. Agora, no cashout, o banco pagou R$ 19,35 pelo papel. A empresa tinha cerca de 5% do capital do banco.

Stone (STOC31)

Ainda ontem, a credenciadora reportou que obteve lucro líquido ajustado de R$ 132,2 milhões no primeiro trimestre 2022, uma queda de 29,4% na comparação com igual período do ano anterior e alta de 292,5% sobre o quarto trimestre de 2021.

A receita total ficou em R$ 2,07 bilhões, crescimento de 138,6% em relação aos primeiros três meses de 2021. O resultado superou as projeções divulgadas no final do ano. A companhia esperava que a receita ficasse de R$ 1,85 bilhão a R$ 1,9 bilhão no período.

Para o Credit Suisse, a Stone “parece estar num momento operacional positivo”. Além da receita da Stone acima das estimativas no primeiro trimestre, os analistas do Credit destacam, entre outros pontos, o forte volume de pagamentos processados (TPV, na sigla em inglês) e “take rate” (taxa cobrada a cada transação) mais alta. Do lado negativo, houve menores adições líquidas de clientes… leia mais em Valor Investe 03/06/2022