Numa captação iniciada antes do colapso do SVB e que conseguiu ser concluída apesar desse evento, a processadora de pagamentos Stripe levantou pouco mais de US$ 6,5 bilhões, avaliada à metade do valuation que tinha há dois anos, segundo o Financial Times.

A Stripe foi avaliada agora a US$ 50 bilhões. Na captação anterior, em 2021, chegou a US$ 95 bilhões, transformando-se num ícone da era de excesso de liquidez e de empolgação com a digitalização. Àquela altura, a startup – fundada depois que os irmãos Patrick e John Collison largaram a faculdade – valia mais do que qualquer empresa brasileira.

Muitas startups têm tentado postergar uma capitalização, cortando custos e buscando dívida, para evitar o down round. Mas a rodada da Stripe aproxima a realidade do mercado privado da realidade do mercado aberto. Competidoras como a holandesa Adyen e a americana PayPal viram o valor de mercado encolher em magnitude até maior que 50% desde o pico em 2021.

Stripe levanta US$ 6 5 bilhões

No início das conversas com investidores, a Stripe tentava segurar o valuation em pelo menos US$ 60 bilhões, mas acabou cedendo ainda mais para viabilizar o funding. A capitalização é uma das maiores do mercado privado americano e do universo global de startups.

O aporte veio em parte do próprio cap table, com nomes como o Founders Funds, de Peter Thiel, a16z e Thrive Capital, e contou com novos acionistas, como Temasek e GIC. A rodada dispara a antecipação, em um ano, do vesting de ações dos funcionários e executivos – estimado em alguns bilhões de dólares… leia mais em Pipeline 15/03/2023